SÃO JOSÉ OPERÁRIO
__________________________
Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se
omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das
Leituras.
Hino
Nossas vozes te celebram,
operário São José,
que a oficina consagraste,
trabalhando em Nazaré.
Tão humilde tu vivias,
tendo em ti sangue de rei!
Em silêncio um Deus nutrias,
ao cumprires sua lei.
O teu lar era um modelo
de trabalho e de oração;
com o suor de tua face
conquistavas o teu pão.
Elimina os egoísmos,
dá aos pobres de comer;
possa a Igreja, Cristo místico,
sob a tua mão crescer.
No Deus trino, autor do mundo,
proclamemos nossa fé,
imitando a vida e a morte
do operário São José.
Salmodia
Ant.1 José,
filho de Davi,
não receies receber a Maria, tua esposa;
será Mãe de um Menino, e Jesus será o seu nome.
Salmo 20(21),2-8.14
–2 Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra; *
quanto exulta de alegria em vosso auxílio!
–3 O que sonhou seu coração, lhe concedestes; *
não recusastes os pedidos de seus lábios.
–4 Com bênção generosa o preparastes; *
de ouro puro coroastes sua fronte.
–5 A vida ele pediu e vós lhe destes, *
longos dias, vida longa pelos séculos.
–6 É grande a sua glória em vosso auxílio; *
de esplendor e majestade o revestistes.
–7 Transformastes o seu nome numa bênção, *
e o cobristes de alegria em vossa face. –
–8 Por isso o rei confia no Senhor, *
e por seu amor fiel não cairá,
–14 Levantai-vos com poder, ó Senhor Deus, *
e cantaremos celebrando a vossa força!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. José, filho de Davi,
não receies receber a Maria, tua esposa;
será Mãe de um Menino, e Jesus será o seu nome.
Ant.2 José, despertando do sono,
fez aquilo que o anjo ordenara:
Recebeu sua esposa Maria.
Salmo 91(92)
I
–2 Como é bom agradecermos ao Senhor *
e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo!
–3 Anunciar pela manhã vossa bondade, *
e o vosso amor fiel, a noite inteira,
–4 ao som da lira de dez cordas e da harpa, *
com canto acompanhado ao som da cítara.
–5 Pois me alegrastes, ó Senhor, com vossos feitos,
*
e rejubilo de alegria em vossas obras.
–6 Quão imensas, ó Senhor, são vossas obras, *
quão profundos são os vossos pensamentos!
–7 Só o homem insensato não entende, *
só o estulto não percebe nada disso!
–8 Mesmo que os ímpios floresçam como a erva, *
ou prosperem igualmente os malfeitores,
– são destinados a perder-se para sempre. *
9 Vós, porém, sois o Excelso eternamente!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. José, despertando do sono,
fez aquilo que o anjo ordenara:
Recebeu sua esposa Maria.
Ant.3 José subiu de Nazaré, à cidade de Davi,
cujo nome é Belém, para alistar-se com Maria.
II
=10 Eis que os vossos inimigos, ó Senhor, †
eis que os vossos inimigos vão perder-se, *
e os malfeitores serão todos dispersados.
–11 Vós me destes toda a força de um touro, *
e sobre mim um óleo puro derramastes;
–12 triunfante, posso olhar meus inimigos, *
vitorioso, escuto a voz de seus gemidos.
–13 O justo crescerá como a palmeira, *
florirá igual ao cedro que há no Líbano;
–14 na casa do Senhor estão plantados, *
nos átrios de meu Deus florescerão.
–15 Mesmo no tempo da velhice darão frutos, *
cheios de seiva e de folhas verdejantes;
–16 e dirão: “É justo mesmo o Senhor Deus: *
meu Rochedo, não existe nele o mal!”
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. José subiu de Nazaré, à cidade de Davi,
cujo nome é Belém, para alistar-se com Maria.
V. O justo como o lírio brotará.
R. E florirá ante o Senhor
eternamente.
Primeira leitura
Da Carta aos Hebreus 11,1-16
A fé dos santos patriarcasIrmãos: 1A fé é um modo de já possuir o que ainda
se espera, a convicção acerca de realidades que não se vêem. 2Foi
a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. 3Foi
pela fé que compreendemos que o universo foi organizado por uma palavra
de Deus.
Assim, as coisas visíveis provêm daquilo que não se vê. 4Foi
pela fé que Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor que o de Caim; e
por causa dela, ele foi declarado justo, pois Deus aprovou a sua
oferta. Graças a ela, mesmo depois de morto, Abel ainda fala!
5Foi pela fé que Henoc foi arrebatado, para não ver
a morte; e não mais foi encontrado, porque Deus o arrebatou. Antes de
ser arrebatado, porém, recebeu o testemunho de que foi agradável a
Deus. 6Ora, sem a fé é impossível ser-lhe agradável, pois
aquele que se aproxima de Deus deve crer que ele existe e que
recompensa os que o procuram.
7Foi pela fé que Noé, avisado divinamente daquilo
que ainda não se via, levou a sério o oráculo e construiu uma arca para
salvar a sua família. Pela fé, ele se separou do mundo, tornando-se
herdeiro da justiça que se obtém pela fé.
8Foi pela fé que Abraão obedeceu à ordem de partir
para uma terra que devia receber como herança, e partiu, sem saber para
onde ia.
9Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro na
terra prometida, morando em tendas com Isaac e Jacó, os co-herdeiros da
mesma promessa. 10Pois esperava a cidade alicerçada que tem
Deus mesmo por arquiteto e construtor.
11Foi pela fé também que Sara, embora estéril e já
de idade avançada, se tornou capaz de ter filhos, porque considerou
fidedigno o autor da promessa. 12É por isso também que de
um só homem, já marcado pela morte, nasceu a multidão “comparável às
estrelas do céu e inumerável como a areia das praias do mar”.
13Todos estes morreram na fé. Não receberam a
realização da promessa, mas a puderam ver e saudar de longe e se
declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. 14Os que
falam assim demonstram que estão buscando uma pátria, 15e
se se lembrassem daquela que deixaram, até teriam tempo de voltar para
lá. 16Masagora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a
pátria celeste. Por isto, Deus não se envergonha deles, ao ser chamado
o seu Deus. Pois preparou mesmo uma cidade para eles.
Responsório Rm 4,20.22; Tg 2,22
R. Ante a promessa do Senhor, Abraão
não vacilou,
nem perdeu a confiança, mas foi forte pela fé,
rendendo glória a Deus.
* Eis porque foi-lhe imputada sua fé para a justiça.
V. Sua fé cooperava com as obras que
fazia;
e sua fé se fez perfeita mediante suas obras. * Eis porque.
Segunda leitura
Da Constituição pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja
no mundo contemporâneo, do Concílio Vaticano II
(N.33-34)
(Séc.XX)
A atividade humana no mundoPor seu trabalho e inteligência, o homem procurou sempre mais
desenvolver a sua vida. Hoje em dia, porém, ajudado antes de tudo pela
ciência e pela técnica, ele estendeu continuamente o seu domínio sobre
quase toda a natureza; e, principalmente, graças aos meios de
intercâmbio de toda espécie entre as nações, a família humana pouco a
pouco se reconhece e se constitui como uma só comunidade no mundo
inteiro. Por isso, muitos bens que o homem esperava antigamente obter
sobretudo de forças superiores, hoje os consegue por seus
próprios meios.
Diante deste esforço imenso, que já penetra a humanidade
inteira, surgem muitas perguntas entre os homens. Qual é o sentido e o
valor desta atividade? Como todas estas coisas devem ser usadas? Qual a
finalidade desses esforços, sejam eles individuais ou coletivos? A
Igreja, guardiã do depósito da palavra de Deus, que é a fonte dos seus
princípios de ordem religiosa e moral, embora ainda não tenha uma
resposta imediata para todos os problemas, deseja no entanto unir a luz
da revelação à competência de todos, para iluminar o caminho no qual a
humanidade entrou recentemente.
Para os fiéis é pacífico que a atividade humana individual e
coletiva, aquele imenso esforço com que os homens, no decorrer dos
séculos, tentaram melhorar as suas condições de vida, considerado em si
mesmo, corresponde ao plano de Deus. Com efeito, o homem, criado à
imagem de Deus, recebeu a missão de dominar a terra com tudo o que ela
contém e de governar o mundo na justiça e na santidade, isto é,
reconhecendo a Deus como Criador de todas as coisas, orientando para
ele o seu ser e todo o universo; assim, com todas as coisas submetidas
ao homem, o nome de Deus seja glorificado na terra inteira.
Isto diz respeito também aos trabalhos cotidianos. Pois os
homens e as mulheres que, ao procurar o sustento para si e suas
famílias, exercem suas atividades de maneira a bem servir à sociedade,
têm razão para ver no seu trabalho um prolongamento da obra do Criador,
um serviço a seus irmãos e uma contribuição pessoal para a realização
do plano de Deus na história.
Portanto, bem longe de pensar que as obras produzidas pelo
talento e esforço dos homens se opõem ao poder de Deus, ou considerar a
criatura racional como rival do Criador, os cristãos, pelo contrário,
estão convencidos de que as vitórias do gênero humano são um sinal da
grandeza de Deus e fruto de seus inefáveis desígnios. Quanto mais,
porém, cresce o poder dos homens, tanto mais aumenta a sua
responsabilidade, seja pessoal seja comunitária.
Donde se vê que a mensagem cristã não afasta os homens da
tarefa de construir o mundo nem os leva a negligenciar o bem de seus
semelhantes; mas, antes, os impele a sentir esta obrigação como um
verdadeiro dever.
Responsório Cf. Gn 2,15
R. Colocou o Senhor Deus, no jardim do
Éden,
o homem que criara,
* Para que ele o cultivasse e o guardasse, aleluia.
V. Era esta, no princípio, a condição
humana.
* Para que ele.
Oração
Ó Deus, criador do universo, que destes aos homens a lei do
trabalho, concedei-nos, pelo exemplo e a proteção de São José, cumprir
as nossas tarefas e alcançar os prêmios prometidos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.