6a SEMANA DO TEMPO COMUMII Semana do SaltérioSÁBADOOfício das LeiturasPrimeira leitura
Da Segunda Carta aos Tessalonicenses
3,1-18
Exortação e conselho
1Irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor
continue o seu caminho e seja glorificada, como aconteceu
entre vós, 2e para que sejamos livres de homens ímpios e
perversos; pois nem todos têm fé. 3Mas o Senhor é fiel, e
vos fortalecerá e guardará do maligno. 4Temos confiança
em vós, no Senhor, de que vos deixeis guiar agora pelas
nossas diretrizes e de que o fareis também no futuro. 5Que
o Senhor conduza os vossos corações para o amor a Deus
e a perseverança de Cristo.
6Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor
Jesus Cristo, que vos afasteis de todo irmão que leve vida
desordenada e contrária à tradição que de nós recebestes.
7Bem sabeis como deveis imitar-nos. Não vivemos de
maneira desordenada em vosso meio, 8nem recebemos de
graça o pão que comemos; antes, no esforço e na fadiga,
de noite e de dia, trabalhamos para não sermos pesados a
nenhum de vós. 9Não porque não tivéssemos direito a isso;
mas foi para vos dar exemplo a ser imitado.
10Quando estávamos entre vós, já vos demos esta
regra: quem não quer trabalhar também não há de comer.
11Ora, ouvimos dizer que alguns dentre vós levam vida à
toa, muitos atarefados sem nada fazer.12A estas pessoas
ordenamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que
trabalhem na tranquilidade, para ganhar o pão com o próprio
esforço.
13Quanto a vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.
14Se alguém desobedecer ao que dizemos nesta carta, notai-o, e não tenhais nenhuma comunicação com ele, para que
fique envergonhado. 15Não o considereis, todavia, como um
inimigo, mas procurai corrigi-lo como irmão.
16O Senhor da paz vos conceda a paz, em todo tempo e
lugar. O Senhor esteja com todos vós. 17A saudação é de meu
próprio punho, Paulo. É este o sinal que distingue minhas
cartas. Aí está a minha letra! 18A graça de nosso Senhor
Jesus Cristo esteja com todos vós!
Responsório 1Ts 2,13; Ef 1,13
R. Tendo recebido a palavra de Deus,
* A acolhestes, não como palavra de homens,
mas como
aquilo que realmente é, como palavra de Deus.
V. Depois de terdes ouvido a palavra da verdade,
o Evangelho de vossa salvação.
* A acolhestes.
Segunda leitura
Da “Constituição Pastoral Gaudium et spes”, sobre a Igreja
no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II
(N. 35-36)
(Séc. XX)
A atividade humana
A atividade humana origina-se no homem e para o
homem se ordena. De fato, ao trabalhar, o homem não
apenas modifica os seres e a sociedade, mas aperfeiçoa-se a si também. Aprende muitas coisas, desenvolve suas
faculdades, sai de si mesmo e se supera.
Este crescimento, se bem entendido, vale muito mais
que toda a riqueza que possa ajuntar. O homem vale mais
pelo que é do que pelo que tem.
Igualmente, tudo quanto os homens fazem para obter
maior justiça, fraternidade mais larga e uma ordem mais
humana nas relações sociais tem maior valor do que os
progressos técnicos. Estes podem proporcionar base
material para a promoção humana, mas por si sós não
conseguem realizá-la.
Esta é, pois, a norma da atividade humana: que corresponda ao genuíno bem da humanidade, de acordo com o
desígnio de Deus, e permita ao homem, como indivíduo
ou como membro da sociedade, a plena realização de sua
vocação.
Contudo, muitos contemporâneos parecem temer um
vínculo muito estreito entre a atividade humana e a religião.
Veem nisso um perigo para a autonomia das pessoas, das
sociedades e das ciências. Se por autonomia das realidades
terrenas entendemos que toda criatura e as sociedades
gozam de leis e de valores próprios, que o homem deve
gradualmente reconhecer, utilizar e organizar, tal exigência
de autonomia é plenamente legítima. Não só é exigida pelos
homens de hoje, mas concorda com a vontade do Criador.
Em virtude mesmo da criação todas as coisas possuem
consistência própria, verdade, bondade, leis e ordens
específicas. Deve o homem respeitá-las reconhecendo os
métodos próprios de cada ciência e técnica.
Seja-nos, portanto, permitido deplorar certas atitudes
existentes mesmo entre cristãos, advertidos insuficientemente da legítima autonomia da ciência, que levaram, pelas
tensões e controvérsias suscitadas, muitos espíritos a julgar
que a fé e a ciência se opõem.
Se, porém, por “autonomia das realidades temporais”
se entende que as criaturas não dependem de Deus e que o
homem pode usar delas sem qualquer referência ao Criador,
quem reconhece a Deus não pode deixar de perceber a que
ponto é falsa esta afirmação. Porque sem o Criador a criatura
se reduz a nada.
Responsório Dt 2,7; 8,5b
R. O Senhor te abençoou em todo trabalho de tuas mãos;
vigiou sobre teus passos, caminhando no deserto,
tantos
anos em seguida.
* O Senhor contigo esteve,
coisa alguma te faltou.
V. Como um pai educa o filho, o Senhor te educou.
* O Senhor.
OraçãoÓ
Deus, que prometestes permanecer nos corações sinceros e retos,
dai-nos, por vossa graça, viver de tal modo, que possais habitar em nós.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.