18o DOMINGO DO TEMPO COMUM
II Semana do Saltério
Ofício das Leituras
Primeira leitura
Início do Livro do Profeta Amós 1,1–2,3
Sentenças do Senhor contra as nações
1,1 Palavras de Amós, que foi um pastor de Técua:
visão que teve sobre Israel, no tempo de Ozias, rei de Judá, e de
Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto. 2Disse ele: "O Senhor ruge desde Sião, faz ouvir sua voz desde
Jerusalém; choram os campos dos pastores e seca o topo do Carmelo". 3Assim fala o Senhor: "Pelos três crimes de Damasco, pelos seus quatro
crimes, não retirarei a palavra: pois eles esmagaram Galaad com carros
de ferro. 4Porei fogo na casa de Hazael e o fogo queimará as
casas de Ben-Adad; 5quebrarei as trancas de Damasco e
destruirei a população de Biceat-Áven e os chefes de Bet-Éden; o povo
da Síria será deportado para Quir", diz o Senhor. 6Assim
fala o Senhor: "Pelos três crimes de Gaza, pelos seus quatro crimes,
não retirarei a palavra; pois eles deportaram inúmeros prisioneiros,
para fazê-los cativos em Edom; 7e porei fogo nos muros de
Gaza e o fogo queimará suas casas; 8destruirei a população
de Azot e os chefes de Ascalon; voltarei minha mão contra Acaron e se
acabarão os últimos filisteus", diz o Senhor. 9Assim fala o
Senhor: "Pelos três crimes de Tiro, pelos seus quatro crimes, não
retirarei a palavra: pois eles entregaram inúmeros prisioneiros a Edom
e não se lembraram da aliança entre irmãos; 10porei fogo nos
muros de Tiro e o fogo queimará suas casas". 11Assim fala o
Senhor: "Pelos três crimes de Edom, pelos seus quatro crimes, não
retirarei a palavra: pois ele perseguiu o irmão com a espada, tratou-o
sem dó nem piedade, levou sua raiva ao excesso e guarda rancor para
sempre; 12porei fogo em Temã e o fogo queimará as casas de
Bosra". 13Assim fala o Senhor: "Pelos três crimes dos filhos
de Amon, pelos seus quatro crimes, não retirarei a palavra: porque eles
rasgaram os ventres das mulheres grávidas de Galaad, para aumentar seu
território; 14vou pôr fogo nos muros de Rabá e o fogo
queimará suas casas, em meio ao fragor da batalha, em meio ao turbilhão
da tempestade; 15o próprio rei deles irá para o cativeiro
junto com seus príncipes", diz o Senhor. 2,1Assim fala o
Senhor: "Pelos três crimes de Moab, pelos seus quatro crimes, não
retirarei a palavra: pois eles queimaram os ossos do rei de Edom, até
se reduzirem a cinzas; 2porei fogo em Moab e o fogo queimará
as casas de Cariot; Moab morrerá em meio à confusão, entre estrondos e
sons de trombeta; 3expulsarei o juiz do meio deles e junto
com ele farei perecer todos os seus príncipes", diz o Senhor.
Responsório Sl 9,8b.9; Am 1,2a
R. Deus sentou-se para sempre
no seu trono,
preparou o tribunal do julgamento.
* Julgará o mundo inteiro com justiça.
E as nações há de julgar com equidade.
V. De Sião o Senhor Deus
há de rugir
e de lá levantará a sua voz. * Julgará.
Segunda leitura
Início da chamada Carta de Barnabé
(Cap. 1,1-8; 2,1-5: Funk 1,3-7)(Séc. II)
A esperança da vida é o início e o fim de nossa fé
Saúdo-vos na paz, filhos e filhas, em nome do Senhor que nos
ama.
Por serem grandes e preciosas as liberalidades que Deus vos
concedeu, mais que tudo e intensamente me alegro por vos saber felizes
e esclarecidos. Pois assim acolhestes a graça do dom espiritual,
enxertada na alma. Por isto ainda mais me felicito com a esperança de
ser salvo, ao ver realmente derramado sobre vós o Espírito vindo da
copiosa fonte do Senhor.
Estou plenamente convencido e consciente de que ao falar
convosco vos ensinei muitas coisas, porque o Senhor me acompanhou no
caminho da justiça; e sinto-me fortemente impelido a amar-vos mais do
que a minha vida, porque são grandes a fé e a caridade que existem em
vós pela esperança da vida. Tendo em consideração que, se é de meu
interesse por vossa causa partilhar convosco algo do que recebi, será
minha paga servir a tais pessoas. Decidi, então, escrever-vos poucas
palavras, para que, junto com a fé, tenhais perfeita ciência.
São três os preceitos do Senhor: a esperança da vida, início e
fim de nossa fé; a justiça, início e fim do direito; caridade alegre e
jovial, testemunho das obras de justiça.
Pelos profetas, o Senhor fez-nos conhecer as coisas passadas,
as presentes e deu-nos saborear as primícias das futuras. Ao vermos
tudo acontecer por ordem, tal como falou, devemos nós, mais ricos e
seguros, assimilar o seu temor.
Quanto a mim, não como mestre, mas como um de vós, mostrarei
alguns poucos pontos, pelos quais vos alegrareis nas circunstâncias
atuais.
Nestes dias maus, ele mostra seu poder; empenhemo-nos, pois, de
coração em perscrutar os mandamentos do Senhor. Nossos auxiliares são o
temor e a paciência; apóiam-nos a generosidade e a continência que, aos
olhos do Senhor, permanecem castas, no convívio da sabedoria,
inteligência, ciência e conhecimento.
Todos os profetas nos revelaram não ter ele necessidade de
sacrifícios nem de holocaustos nem de oblações, dizendo: Que tenho
a ver com a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor. Estou farto
de holocaustos, de gorduras dos cordeiros; não quero o sangue de touros
e de cabritos, mesmo que venhais à minha presença. Quem exige isto de
vossas mãos? Não pisareis mais em meus átrios. Trazeis oblações de
farinha? Será em vão. O incenso me é abominável; vossos novilúnios e
solenidades, não as suporto (cf. Is 1,11-13).
Responsório Gl 2,16; Gn 15,6
R. Nenhum ser se torna justo
pela prática da lei,
mas pela fé em Jesus Cristo.
* Nós, também, cremos em Cristo,
a fim de nos tornarmos justificados pela fé.
V. Abraão creu no Senhor
e isto foi qualificado
em seu favor, como justiça. * Nós também.
Hino
Te Deum
em latim
(A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)
A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.
A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!
Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,
Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.
A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,
e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.
Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.
Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.
Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.
Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.
Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.
(A parte que se segue pode ser omitida, se for
oportuno).
Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.
Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.
Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.
Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.
Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!
Oração
Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os
filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e
guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.