Dia de ira
(Dies Irae)
A Maria perdoando
e ao ladrão, na cruz, salvando,
vós me destes esperança.
Meu pedido não é digno,
mas, Senhor, vós sois benigno
não me queime o fogo eterno.
No rebanho dai-me abrigo,
arrancai-me do inimigo,
colocai-me à vossa destra.
Quando forem os malditos
para o fogo eterno, aflitos,
entre os vossos acolhei-me.
Dum espírito contrito
escutai, Senhor, o grito:
tomai conta do meu fim.
Lacrimoso aquele dia,
quando em meio à cinza fria
levantar-se o homem réu.
Libertai-o, Deus do céu!
Bom Pastor, Jesus piedoso,
dai-lhe prêmio, paz, repouso.
Vós, ó Deus de majestade,
vivo esplendor da Trindade,
entre os eleitos nos contai.