SAGRADA
FAMÍLIA,
JESUS, MARIA E
JOSÉ
Festa
Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o
Invitatório precede
imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino
A vida oculta de Jesus
edificante é relembrar;
dizer em verso a vida pobre
de Nazaré, humilde lar.
Na arte humilde de José,
jovem Jesus já se inicia
e ao trabalho do operário
de boa mente se associa.
Junto do filho está a
mãe,
junto ao esposo a santa esposa.
Lá se compensam os cansaços
por amizade afetuosa.
Vós, ó Senhor, que
conheceis
bem o trabalho e o suor
dai vossa ajuda aos que trabalham
ouvi dos fracos o clamor.
A vós, Jesus, que pelo
exemplo
a vida santa nos mostrais,
glória com o Pai e o Espírito
com Quem nos séculos reinais.
Salmodia
Ant.1 Quando os pais
apresentaram no templo
o Menino Jesus,
tomou-o Simeão em seus braços
e louvou o Senhor.
Salmo 23(24)
Ant. Quando os pais
apresentaram no templo
o Menino Jesus,
tomou-o Simeão em seus braços
e louvou o Senhor.
Ant.2 Os Magos,
então,
entraram em casa
e encontraram o Menino com Maria,
sua
Mãe.
Salmo 45(46)
–2 O Senhor para nós é
refúgio e
vigor, *
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
–3 assim não tememos, se a
terra
estremece, *
se os montes desabam, caindo nos mares,
–4 se as águas trovejam e
as ondas se
agitam, *
se, em feroz tempestade, as montanhas se abalam:
–5 Os braços de um rio vêm
trazer
alegria *
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
–6 Quem a pode abalar? Deus
está no
seu meio! *
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.
–7 Os povos se agitam, os
reinos
desabam; *
troveja sua voz e a terra estremece.
–8 Conosco está o Senhor do
universo!
*
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
–9 Vinde ver, contemplai os
prodígios
de Deus *
e a obra estupenda que fez no universo:
= reprime as guerras na face da terra, †
10 ele quebra os arcos, as
lanças
destrói, *
e queima no fogo os escudos e as armas:
–11 “Parai e sabei,
conhecei que eu
sou Deus, *
que domino as nações, que domino a terra!”
–12 Conosco está o Senhor
do
universo! *
O nosso refúgio é o Deus de Jacó!
– Glória
ao Pai e ao Filho e ao Espírito
Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Os Magos, então,
entraram em casa
e encontraram o Menino com Maria,
sua
Mãe.
Ant.3 José
levantou-se
de noite,
tomou o Menino e sua Mãe,
e fugiu para a terra do Egito.
Salmo 86(87)
–1 O Senhor ama a cidade *
que fundou no Monte santo;
–2 ama as portas de Sião *
mais que as casas de Jacó.
–3 Dizem coisas gloriosas *
da Cidade do Senhor:
–4 'Lembro o Egito e
Babilônia *
entre os meus veneradores.
= Na Filistéia ou em Tiro †
ou no país da Etiópia, *
este ou aquele ali nasceu'.
=5 De Sião, porém, se diz:
†
'Nasceu nela todo homem; *
Deus é sua segurança'.
=6 Deus anota no seu livro,
†
onde inscreve os povos todos: *
'Foi ali que estes nasceram'.
–7 E por isso todos juntos
*
a cantar se alegrarão;
– e, dançando, exclamarão: *
'Estão em ti as nossas fontes!'
– Glória
ao Pai e ao Filho e ao Espírito
Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. José
levantou-se
de noite,
tomou o Menino e sua Mãe,
e fugiu para a terra do Egito.
V. Os teus filhos serão todos instruídos por Deus.
R. E entre eles reinará uma paz sem limites.
Primeira leitura
Da Carta de São Paulo aos Efésios 5,21– 6,4
A vida cristã na família
Irmãos, 5,21 sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. 22 As mulheres sejam submissas aos seus maridos como ao Senhor. 23 Pois o marido é a cabeça da mulher, do mesmo modo que Cristo é a cabeça da Igreja, ele, o Salvador do seu Corpo. 24 Mas como a Igreja é solícita por Cristo, sejam as mulheres solícitas em tudo pelos seus maridos.
25 Maridos, amai as vossas mulheres, como o Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. 26 Ele quis assim torná-la santa, purificando-a com o banho da água unida à Palavra. 27 Ele quis apresentá-la a si mesmo esplêndida, sem mancha nem ruga nem defeito algum, mas santa e irrepreensível. 28 Assim é que o marido deve amar a sua mulher, como ao seu próprio corpo. Aquele que ama a sua mulher ama-se a si mesmo. 29 Ninguém jamais odiou a sua própria carne. Ao contrário, alimenta-a e cerca-a de cuidados, como o Cristo faz com a sua Igreja, 30 e nós somos membros do seu corpo. 31 Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne. 32 Este mistério é grande, e eu o interpreto em relação a Cristo e à Igreja. 33 Em todo caso, cada um, no que lhe toca, deve amar a sua mulher como a si mesmo; e a mulher deve respeitar o seu marido.
6,1 Filhos, obedecei aos vossos pais, no Senhor, pois isto é que é justo. 2 “Honra teu pai e tua mãe” – é o primeiro mandamento que vem acompanhado de uma promessa: 3 “a fim de que tenhas felicidade e longa vida sobre a terra”. 4 Vós, pais, não revolteis os vossos filhos contra vós, mas, para educá-los, recorrei à disciplina e aos conselhos que vêm do Senhor.
Responsório Ef 6,1-2.3; Lc 2,51
R.
Sede, ó filhos,
obedientes, no Senhor, a vossos pais,
pois é justo, é um dever:
* Honra teu pai e tua mãe.
V.
Jesus voltou a Nazaré com Maria
e José
e era-lhes submisso. * Honra.
Segunda leitura
Das Alocuções do papa Paulo VI
(Alocução
pronunciada em Nazaré a 5
de janeiro de 1964)
As
lições
de Nazaré
Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.
Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.
Aqui se aprende o método
que nos permitirá
compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar
o
quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os
costumes, a
linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para
revelar-se
ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.
Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.
Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.
Mas estamos apenas de
passagem. Temos de
abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do
conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às
pressas e
quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.
Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.
Uma lição de vida
familiar. Que Nazaré nos
ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e
austera,
seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a
formação que
recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função
primária no
plano social.
Uma lição de trabalho. Ó
Nazaré, ó casa do
“filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e
celebrar a lei,
severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a
consciência da
nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim
em si
mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor
econômico,
dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de
saudar
aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande
modelo,
seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso
Senhor.
Responsório 2Cor 13,11; Ef 5,19; Cl 3,23
R. Alegrai-vos,
meus irmãos, procurai a perfeição;
animai-vos uns aos outros, tende paz e harmonia.
* Cantai, salmodiai ao Senhor, nos corações.
V. E tudo
o que fizerdes, fazei-o com toda a alma
como para o Senhor e não
para os homens. * Cantai.
Hino
Oração
Ó Deus de bondade, que nos destes a Sagrada Família como exemplo, concedei-nos imitar em nossos lares as suas virtudes, para que, unidos pelos laços do amor, possamos chegar um dia às alegrias da vossa casa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.Conclusão da Hora
V.
Bendigamos ao Senhor.
R.
Demos
graças
a Deus.