13a SEMANA DO TEMPO COMUMI Semana do SaltérioQUARTA-FEIRAOfício das LeiturasPrimeira leitura
Do Segundo Livro de Samuel 4,2–5,7Davi reina sobre Israel. Conquista de JerusalémNaqueles dias: 2Isbaal
tinha ao seu serviço dois chefes de guerrilha: um chamava-se Baana e o
outro Recab, filhos de Remon, de Berot, da tribo de Benjamin. Berot
pertencia também a Benjamin, 3embora seus habitantes se tivessem refugiado em Getaim e residido ali como forasteiros até hoje.4Jônatas,
filho de Saul, tinha um filho aleijado dos dois pés. Ele tinha cinco
anos quando chegou de Jezrael a notícia da morte de Saul e de Jônatas.
Sua ama fugiu com ele, mas na precipitação da fuga o menino caiu e ficou
manco. O seu nome era Meribaal.5Os
filhos de Remon de Berot, Recab e Baana, puseram-se a caminho e
chegaram à casa de Isbaal na hora mais quente do dia, quando ele estava
dormindo a sesta; 6e a porteira da casa adormecera limpando o
trigo. Então Recab e seu irmão Baana entraram no interior da casa e o
feriram na virilha e fugiram. 7Tendo penetrado na casa, onde
Isbaal repousava no seu leito, feriram-no de morte e cortaram-lhe a
cabeça. Tomaram-na consigo e andaram toda a noite pelo caminho da Arabá.8E
levaram a cabeça de Isbaal a Davi, em Hebron, dizendo-lhe: "Aqui tens a
cabeça de Isbaal, filho de Saul, teu inimigo, que te queria matar. O
Senhor vingou hoje o rei, meu senhor, de Saul e de sua descendência".9Mas
Davi respondeu a Recab e a seu irmão Baana, filhos de Remon, de Berot:
"Pela vida do Senhor que me livrou de toda a angústia! 10Ao
homem que me veio anunciar a morte de Saul, pensando dar-me uma boa
notícia, eu o prendi e o matei em Siceleg, e dei-lhe assim a recompensa
por sua boa-nova. 11Quanto mais agora, que homens malvados
mataram um homem inocente dentro de sua casa, no seu leito, não vingarei
eu o seu sangue derramado pelas vossas mãos e não vos exterminarei da
terra? 12Em seguida, Davi deu ordens aos seus homens, e eles
os mataram. E, cortando-lhes as mãos e os pés, penduraram-nos perto da
piscina de Hebron. Quanto à cabeça de Isbaal, sepultaram-na no túmulo de
Abner, em Hebron.5,1Todas as tribos de Israel vieram encontrar-se com Davi em Hebron e disseram-lhe: "Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne. 2Tempo
atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de
Israel. E o Senhor te disse: Tu apascentarás o meu povo Israel e serás o
seu chefe". 3Vieram, pois, todos os anciãos de Israel até ao
rei em Hebron. O rei Davi fez com eles uma aliança em Hebron, na
presença do Senhor, e eles o ungiram rei de Israel. 4Davi tinha trinta anos quando começou a reinar, e reinou quarenta anos: 5sete anos e seis meses sobre Judá, em Hebron, e trinta e três anos em Jerusalém, sobre todo o Israel e Judá.6Davi
marchou então com seus homens para Jerusalém, contra os jebuseus que
habitavam aquela terra. Estes disseram a Davi: "Não entrarás aqui, pois
serás repelido por cegos e coxos". Com isso queriam dizer que Davi não
conseguiria entrar lá. 7Davi, porém, tomou a fortaleza de Sião, que é a cidade de Davi.Responsório Sl 2,2.6.1R. Por que os reis de toda a terra se reúneme conspiram os governos todos juntoscontra o Deus onipotente e o seu Ungido?* Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei,e em Sião, meu monte santo, o consagrei.
V. Por que os povos agitados se revoltam,
por que tramam as nações projetos vãos?
* Fui eu mesmo.Segunda leitura
Do livro O Caminho da Perfeição, de Santa Teresa, virgem(Cap. 30,1-5: Oeuvres complËtes. Desclée de Brouwer, Paris, 1964,467-468)(Séc. XVI)Venha a nós o vosso reinoQuem
haverá, por mais irrefletido que seja, que, desejando fazer um pedido a
uma pessoa importante, não discuta consigo mesmo como lhe falará, de
forma a lhe agradar e não o aborrecer? Pensará também no que lhe irá
pedir e para que fim, sobretudo quando se trata de coisa tão importante,
como a que nosso bom Jesus nos ensina a pedir. Na minha opinião, é isso
o mais fundamental.Não poderíeis, Senhor meu, englobar tudo numa palavra e dizer: "Dai-nos, ó Pai, o que for conveniente e adequado? Assim nada mais seria preciso dizer a quem tudo conhece com perfeição.Isto
na verdade, ó eterna Sabedoria, seria suficiente entre vós e vosso Pai,
e foi assim que orastes no Horto de Getsêmani. Vós lhe manifestastes
vossa vontade e temor, mas vos conformastes totalmente à sua vontade.
Quanto a nós, Senhor meu, sabeis não sermos tão conformados assim, como o
fostes à vontade do Pai. Por esta razão, cumpre pedir coisa por coisa.
Deste modo, refletiremos antes se nos convém o que pedimos. Em caso
contrário, deixemos de pedi-lo. De fato, somos assim: se não nos for
concedido o que pedimos, este nosso livre-arbítrio não aceitará o que o
Senhor nos der. Porque, embora seja o melhor quanto o Senhor nos der, se
não vemos logo o dinheiro na mão, nunca pensamos ser ricos.Por isso Jesus nos ensina a dizer as palavras com que pedimos a vinda de seu reino: Santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino.
Admirai, minhas filhas, a profunda sabedoria de nosso Mestre! Considero
eu aqui – e para nós é bom entender – o que pedimos com este reino. A
majestade de Deus via que não podíamos santificar ou glorificar como
seria bom este santo nome do Pai eterno, de acordo com o pouquinho que
podemos, a menos que sua Majestade não providenciasse, dando-nos aqui o
seu reino. Por isso o bom Jesus pôs um pedido ao lado do outro. Para
entendermos o que pedimos e quanto interessa pedirmos, importuna e
ardentemente, e, além disso, fazer tudo que estiver a nosso alcance para
satisfazer àquele que no-lo dará, quero expor-vos aqui o que sobre isso
compreendo.O supremo bem que me parece
existir no reino dos céus é que já não se dá valor às coisas da terra.
Sendo assim, há um alegrar-se da alegria de todos, uma paz perpétua, uma
satisfação imensa em si mesmos por ver que todos engrandecem ao Senhor e
bendizem seu nome, sem ninguém mais o ofender com seus pecados. Todos o
amam e em seu coração não anseiam nada mais do que amá-lo, nem podem
deixar de amá-lo, porque o conhecem. É assim que o deveríamos amar
também aqui, embora não o possamos com toda esta perfeição e em sua
essência. Pelo menos, nós o amaríamos muito mais do que o amamos, se
melhor o conhecêssemos.Responsório Cf. Mt 7,7-8R. Aquele que aos filhos dá o que é bom,nos incita a pedir e a procurare a bater à sua porta sem cessar.* Quanto mais fielmente nós crermos,esperarmos com mais decisãoe com ardor mais intenso quisermos,tanto mais nós seremos capazesde receber o que é bom do Senhor.
V. Na questão referida se trata
mais de gemidos do que de discursos,
mais de lágrimas do que de palavras.
* Quanto mais.OraçãoÓ
Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não
sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a
luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.