4a SEMANA DO TEMPO COMUMIV Semana do SaltérioSÁBADOOfício das LeiturasPrimeira leitura
Da Segunda Carta de São Paulo aos Tessalonicenses
3,1-18Exortações e conselhos1Quanto ao mais, irmãos, rezai por nós, para que a palavra do Senhor seja divulgada e glorificada como foi entre vós. 2Rezai também para que sejamos livres dos homens maus e perversos – pois nem todos têm a fé! 3Mas o Senhor é fiel; ele vos confirmará e vos guardará do mal.4O Senhor nos dá a certeza de que vós estais seguindo e sempre seguireis as nossas instruções. 5Que o Senhor dirija os vossos corações ao amor de Deus e à firme esperança em Cristo.6Nós
vos ordenamos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos
afasteis de todo irmão que se comporta de maneira desordenada e
contrária à tradição que de nós receberam. 7Bem sabeis como deveis seguir o nosso exemplo, pois não temos vivido entre vós na ociosidade. 8De
ninguém recebemos de graça o pão que comemos. Pelo contrário,
trabalhamos com esforço e cansaço, de dia e de noite, para não sermos
pesados a ninguém. 9Não que não tivéssemos o direito de fazê-lo, mas queríamos apresentar-nos como exemplo a ser imitado. 10Com efeito, quando estávamos entre vós, demos esta regra: "Quem não quer trabalhar, também não deve comer". 11Ora, ouvimos dizer que entre vós há alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada. 12Em
nome do Senhor Jesus Cristo, ordenamos e exortamos a estas pessoas que,
trabalhando, comam na tranquilidade o seu próprio pão. 13E vós mesmos, irmãos, não vos canseis de fazer o bem. 14Se alguém desobedece ao que dizemos nesta carta, assinalai-o e suspendei qualquer relação com ele, para que se envergonhe. 15No entanto, não o considereis como inimigo, mas corrigi-o como a um irmão.16Que o Senhor da paz, ele próprio, vos dê a paz, sempre e em toda a parte. O Senhor esteja com todos vós. 17Esta saudação é de meu próprio punho, de Paulo. Assim é que assino todas as minhas cartas; é a minha letra. 18A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vós.Responsório Cf. 1Ts 2,13b; cf. Ef 1,13aR. Quando vós acolhestes a palavra de Deus,
* Vós não acolhestes palavras humanas,
mas, de fato, acolhestes a palavra de Deus.V. Escutastes a palavra da verdade,
o Evangelho da vossa salvação. * Vós não.Segunda leitura
Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II(N. 35-36)(Séc. XX)
A atividade humanaA atividade humana
origina-se no homem e para o homem se ordena. De fato, ao trabalhar, o
homem não apenas modifica os seres e a sociedade, mas aperfeiçoa-se a si
também. Aprende muitas coisas, desenvolve suas faculdades, sai de si
mesmo e se supera.Este crescimento, se
bem entendido, vale muito mais que toda a riqueza que possa ajuntar. O
homem vale mais pelo que é do que pelo que tem.Igualmente,
tudo quanto os homens fazem para obter maior justiça, fraternidade mais
larga e uma ordem mais humana nas relações sociais, tem maior valor do
que os progressos técnicos. Estes podem proporcionar base material para a
promoção humana, mas, por si sós, não conseguem realizá-la.Esta
é, pois, a norma da atividade humana: que corresponda ao genuíno bem da
humanidade, de acordo com o desígnio de Deus, e permita ao homem, como
indivíduo ou como membro da sociedade, a plena realização de sua
vocação.Contudo, muitos contemporâneos
parecem temer um vínculo muito estreito entre a atividade humana e a
religião. Vêem nisso um perigo para a autonomia das pessoas, das
sociedades e das ciências. Se por autonomia das realidades terrenas
entendemos que toda criatura e as sociedades gozam de leis e de valores
próprios, que o homem deve gradualmente reconhecer, utilizar e
organizar, tal exigência de autonomia é plenamente legítima. Não só é
exigida pelos homens de hoje, mas concorda com a vontade do
Criador. Em virtude mesmo da criação todas as coisas possuem
consistência própria, verdade, bondade, leis e ordens específicas. Deve o
homem respeitá-las reconhecendo os métodos próprios de cada ciência e
técnica.Seja-nos, portanto, permitido
deplorar certas atitudes existentes mesmo entre cristãos,
insuficientemente advertidos da legítima autonomia da ciência, que
levaram, pelas tensões e controvérsias suscitadas, muitos espíritos a
julgar que a fé e a ciência se opõem.Se,
porém, por "autonomia das realidades temporais se entende que as
criaturas não dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem
qualquer referência ao Criador, quem reconhece a Deus não pode deixar de
perceber a que ponto é falsa esta afirmação. Porque, sem o Criador, a
criatura se reduz a nada.Responsório Dt 2,7; 8,5bR. O Senhor te abençoou e o trabalho de tuas mãos;vigiou sobre teus passos, caminhando no deserto,tantos anos em seguida.* O Senhor contigo esteve, coisa alguma te faltou.V. Como um pai educa o filho, o Senhor te educou.
* O Senhor.OraçãoConcedei-nos,
Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as
pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.