3a SEMANA DO TEMPO COMUMIII Semana do SaltérioSÁBADOOfício das LeiturasPrimeira leitura
Do Livro do Deuteronômio 32,48-52; 34,1-12A morte de Moisés32,48Naquele mesmo dia o Senhor falou a Moisés, dizendo: 49"Sobe
ao monte Abarim – o monte Nebo que está no país de Moab, em frente de
Jericó – e contempla a terra de Canaã, cuja posse vou dar aos filhos de
Israel. 50Morrerás neste monte que vais subir, e serás
reunido aos teus antepassados, como teu irmão Aarão morreu no monte Hor,
e ali se reuniu aos seus. 51Pois pecastes, os dois, contra
mim entre os filhos de Israel, junto às águas de Meriba, em Cades, no
deserto de Sin, e não santificastes o meu nome no meio deles. 52Verás defronte de ti a terra que darei aos filhos de Israel, mas não entrarás nela".34,1Moisés
subiu das estepes de Moab ao monte Nebo, ao cume do Fasga que está
defronte de Jericó. E o Senhor mostrou-lhe todo o país, desde Galaad até
Dã, 2o território de Neftali, a terra de Efraim e Manassés, toda a terra de Judá até ao mar ocidental, 3o Negueb e a região do vale de Jericó, cidade das palmeiras, até Segor. 4O
Senhor lhe disse: "Eis aí a terra pela qual jurei a Abraão, Isaac e
Jacó, dizendo: Eu a darei à tua descendência. Tu a viste com teus olhos,
mas nela não entrarás". 5E Moisés, servo do Senhor, morreu ali, na terra de Moab, conforme a vontade do Senhor. 6E ele o sepultou no vale, na terra de Moab, defronte de Bet-Fegor. E ninguém sabe até hoje onde fica a sua sepultura. 7Ao morrer, Moisés tinha cento e vinte anos. Sua vista não tinha enfraquecido, nem seu vigor se tinha esmorecido. 8Os filhos de Israel choraram Moisés nas estepes de Moab, durante trinta dias, até que terminou o luto por Moisés.9Josué
filho de Nun estava cheio do espírito de sabedoria, porque Moisés lhe
tinha imposto as mãos. E os filhos de Israel lhe obedeceram e agiram,
como o Senhor tinha ordenado a Moisés.10Em Israel nunca mais surgiu um profeta como Moisés, a quem o Senhor conhecesse face a face, 11nem
quanto aos sinais e prodígios que o Senhor lhe mandou fazer na terra do
Egito, contra o Faraó, os seus servidores e todo o seu país, 12nem quanto à mão poderosa e a tantos e tão terríveis prodígios, que Moisés fez à vista de todo Israel.Responsório Jo 1,14bc.16a.17; Eclo 24,33R. A Palavra se fez carnee habitou entre nós, cheia de graça e de verdade,e de sua plenitude todos nós participamos;porque a lei foi dada por meio de Moisés,* Mas a graça e a verdade nos vieram por Jesus.V. Moisés deu-nos a lei e os preceitos da justiça
como a herança de Jacó. * Mas a graça.Segunda leitura
Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II(N. 18-22)(Séc. XX)
O mistério da morteEm face da morte, o
enigma da condição humana atinge o seu ponto máximo. O homem não apenas é
atormentado com a dor e o progressivo declínio do corpo, mas com muito
maior força pelo temor da destruição perpétua. Pelo acertado instinto de
seu coração, afasta com horror e rejeita a idéia da total ruína e da
morte definitiva de sua pessoa. A semente de eternidade que traz em si,
irredutível à pura matéria, insurge-se contra a morte. Todas as
conquistas da técnica, por mais úteis que sejam, não conseguem acalmar a
angústia humana, pois o prolongamento biológico da vida não pode
satisfazer o desejo inelutavelmente presente em seu coração de viver
sempre.Já que diante da morte toda
imaginação fracassa, a Igreja, instruída pela Revelação, afirma ter sido
o homem criado por Deus para uma finalidade feliz, para além dos
limites da miséria terrena. E não só, mas a fé cristã ensina que a morte
corporal, que lhe seria poupada se não houvesse pecado, será vencida
quando o homem recuperar a salvação, perdida por culpa sua, pelo
onipotente e compadecido Salvador. Com efeito, Deus chamou e continua a
chamar o homem a aderir com sua natureza integral à perpétua comunhão na
incorruptível vida divina. Cristo conseguiu esta vitória, libertando o
homem da morte por meio de sua morte e ressurgindo para a vida. Para
quem reflete, a fé baseada em sólidos argumentos oferece uma resposta a
sua ansiedade sobre a sorte futura. Ao mesmo tempo dá a possibilidade de
comunicar-se com os caros irmãos já arrebatados pela morte em Cristo,
despertando a esperança de possuírem eles, desde agora, a verdadeira
vida junto de Deus.Certamente incumbe ao
cristão o dever urgente de lutar contra o mal através de muitas
tribulações e de aceitar a morte; mas unido ao mistério pascal,
configurado à morte de Cristo, firme na esperança, chegará à
ressurreição.Tudo isto vale para os
cristãos e também para todos os homens de boa vontade em cujos corações a
graça age invisivelmente. Tendo, pois, Cristo morrido por todos, e
sendo uma só a vocação última do homem, isto é, a divina, devemos
afirmar que o Espírito Santo oferece a todos a possibilidade, de modo só
conhecido por Deus, de se associarem ao mistério pascal.De
tal valia e tão grande é o mistério do homem, que se esclarece pela
Revelação cristã aos fiéis. Por conseguinte, por Cristo e em Cristo,
ilumina-se o enigma da dor e da morte que, fora de seu Evangelho, nos
esmaga. Cristo ressuscitou, por sua morte destruiu a morte e deu-nos a
vida para que, filhos no Filho, clamemos no Espírito: Abá, Pai!Responsório Sl 26(27),1; 22(23),4abR. O Senhor é minha luz e salvação;
de quem eu terei medo?
* O Senhor é a proteção da minha vida;
perante quem eu tremerei?V. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei. * O Senhor.OraçãoDeus
eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para
que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.