7a SEMANA DO TEMPO COMUM
III Semana do Saltério
TERÇA-FEIRA
Ofício das Leituras
Primeira leitura
Da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios
2,12-3,6
Paulo, ministro da nova aliança
Irmãos, 12cheguei então a Trôade para lá pregar o
evangelho de Cristo, e, embora o Senhor me tivesse aberto
uma porta grande, 13não tive repouso de espírito, pois não
encontrei Tito, meu irmão. Por conseguinte, despedi-me
deles e parti para a Macedônia.
14Graças sejam dadas a Deus, que por Cristo nos carrega
sempre em seu triunfo e, por nós, expande em toda parte o
perfume do seu conhecimento. 15Em verdade, somos para
Deus o bom odor de Cristo, entre aqueles que se salvam
e aqueles que se perdem; 16para uns, odor que da morte
leva à morte; para outros, odor que da vida leva à vida.
E quem estaria à altura de tal missão? 17Não somos como
aqueles muitos que falsificam a palavra de Deus; é, antes,
com sinceridade, como enviados de Deus, que falamos, na
presença de Deus, em Cristo.
3,1Começaremos de novo a nos recomendar? Ou será que,
como alguns, precisamos de cartas de recomendação para
vós ou da vossa parte? 2Nossa carta sois vós, carta escrita
em nossos corações, reconhecida e lida por todos os homens.
3Evidentemente, sois uma carta de Cristo, entregue ao
nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito
de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de
carne, nos corações! 4Tal é a certeza que temos, graças a
Cristo, diante de Deus. 5Não como se fôssemos dotados de
capacidade que pudéssemos atribuir a nós mesmos, mas é
de Deus que vem a nossa capacidade. 6Foi ele quem nos
tornou aptos para sermos ministros de uma Aliança nova,
não da letra, e sim do Espírito, pois a letra mata, mas o
Espírito comunica a vida.
Responsório 2Cor 3,4.6.5
R. Tal é a convicção que temos em Deus por Cristo.
* Ele é que nos fez aptos para sermos ministros da Nova
Aliança,
não a da letra, e sim a do Espírito.
V. Não que sejamos capazes por nós mesmos
de ter algum
pensamento, como de nós mesmos.
Nossa capacidade vem
de Deus.
* Ele é que.
Segunda leitura
Dos “Comentários sobre os Salmos”, de Santo Agostinho,
bispo
(Sl 92,2)
(Séc. V)
Nós somos o perfume de Cristo.
Sabeis bem, irmãos, que quando Nosso Senhor se tornou
homem e começou a pregar o Evangelho agradou a alguns,
mas desagradou a outros. Havia diferença de opinião entre
os judeus. Diziam alguns: Ele é bom. Mas outros diziam:
não, antes engana o povo (Jo 7,12). Alguns, então, dele
falavam bem, enquanto outros murmuravam, faziam ironia
e sarcasmo, contestavam.
Portanto, para aqueles que o apreciavam, o Senhor se
revestiu de majestade, mas para os outros Ele se cingiu com
um cinto de poder (Sl 92,1).
Imita, assim, o teu Senhor, para poderes ser como o
manto do qual Ele se reveste: sê brilho para quem gosta de
boas obras e força para os detratores.
Escuta como o apóstolo Paulo, seguidor de seu Senhor,
também teve brilho e força. Somos o perfume de Cristo
- ele diz - entre os que se salvam e entre os que se perdem
(2Cor 2,15).
Aqueles que amam o bem serão salvos; aqueles que o
desprezam perecerão. De sua parte, Paulo possuía o bom
perfume; aliás, ele era o bom perfume. Mas ai daqueles que
se perdem porque evitam a graça do bom perfume!
Ele não diz: para estes nós somos perfume agradável,
para aqueles desagradável, mas: Somos o perfume de Cristo
no mundo inteiro, entre os que se salvam e entre os que se
perdem. E logo acrescenta: Para uns, perfume de morte para
a morte; para outros, perfume de vida para a vida. (2Cor
2,16). Para os primeiros, Ele se revestiu de brilho; já para
os segundos, cobriu-se de força.
Se te alegras quando as pessoas te elogiam e acolhem as
tuas boas obras, mas, quando te reprovam, deixas de fazer o
bem e chegas a acreditar ter perdido o fruto das boas obras,
porque há quem te critica, então não és uma pessoa firme:
não pertences à terra que nunca será abalada (Sl 92,1).
O Senhor se reveste, se cinge de poder. São Paulo afirma,
também: Pelas armas da justiça à direita e à esquerda. Eu
vi onde está o esplendor e onde está a força. Na honra e na
desonra (2Cor 6,7-8): no sucesso, esplêndido; na desonra,
forte.
Jesus foi proclamado por alguns digno de glória, e foi
desprezado por outros como vil. Àqueles que O recebiam,
conferia beleza; àqueles que O desprezavam, força. Assim
Paulo nos elucida, até o final da passagem, quando diz que
os apóstolos são pessoas que não têm nada, e ainda possuem
tudo (2Cor 6,10). Quando têm tudo, estão envoltos de brilho,
quando não têm nada, estão cingidos de poder.
Responsório At 20,21.24; Rm 1,16
R. Testificando a fé em nosso Senhor Jesus Cristo,
* Mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim,
contanto que complete a minha carreira
e o ministério que
recebi do Senhor Jesus,
para dar testemunho do evangelho
da graça de Deus.
V. Não me envergonho do Evangelho.
* Mas em nada.
OraçãoConcedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre
o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.