Ofício das Leituras

V.
Vinde, ó Deus em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Essa introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.

Hino

Eterno esplendor da beleza divina,
ó Cristo, vós sois luz e vida e perdão.
Às nossas doenças trazeis o remédio,
abris uma porta para a salvação.

O coro dos anjos ressoa na terra
e um mundo novo seu canto anuncia:
a glória a Deus Pai nas alturas celestes,
e ao gênero humano a paz e alegria.

Embora pequeno, deitado em presépio,
em todo o Universo, ó Cristo, reinais.
Ó fruto bendito da Virgem sem mancha,
que todos vos amem num reino de paz.

Nasceis para dar-nos o céu como Pátria,
vivendo na carne da humanidade.
Renovem-se as mentes e os corações,
se unam por laços de tal caridade.

Às vozes dos anjos as nossas unimos,
num coro exultante de glória e louvor,
cantando aleluias ao Pai e ao Filho,
cantando louvores e graças ao Amor

Salmodia

Ant.1 Por vossa bondade, salvai-me, Senhor!

Salmo 6

O homem aflito pede clemência ao Senhor

Agora sinto-me angustiado... Pai, livra-me desta hora(Jo 12,27).

2Repreendei-me, Senhor, mas sem ira; *
corrigi-me, mas não com furor!

= 3Piedade de mim: estou enfermo †
e curai o meu corpo doente! *

4Minha alma está muito abatida!

= Até quando, Senhor, até quando...? †

5Oh! voltai-vos a mim e poupai-me, *
e salvai-me por vossa bondade!

6Porque, morto, ninguém vos recorda; *
pode alguém vos louvar no sepulcro?

=7Esgotei-me de tanto gemer, †
banho o leito em meu pranto de noite, *
minha cama inundei com as lágrimas!

8 Tenho os olhos turvados de mágoa, *
fiquei velho de tanto sofrer!

9 Afastai-vos de mim, malfeitores, *
porque Deus escutou meus soluços!

10O Senhor escutou meus pedidos; *
o Senhor acolheu minha prece!

11Apavorem-se os meus inimigos; *
com vergonha, se afastem depressa!

Ant. Por vossa bondade, salvai-me, Senhor!

Ant.2 O Senhor é o refúgio do oprimido,
seu abrigo nos momentos de aflição.

Salmo 9 A(9)

Ação de graças pela vitória

De novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos.

I

2 Senhor, de coração vos darei graças, *
as vossas maravilhas cantarei!

3Em vós exultarei de alegria, *
cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo!

4Voltaram para trás meus inimigos, *
perante a vossa face pereceram;

5 defendestes meu direito e minha causa, *
juiz justo assentado em vosso trono.

6Repreendestes as nações, e os maus perdestes, *
apagastes o seu nome para sempre.

=7O inimigo se arruinou eternamente, †
suas cidades foram todas destruídas, *
e até sua lembrança exterminastes.

8Mas Deus sentou-se para sempre no seu trono, *
preparou o tribunal do julgamento;

9julgará o mundo inteiro com justiça, *
e as nações há de julgar com eqüidade.

10O Senhor é o refúgio do oprimido, *
seu abrigo nos momentos de aflição.

11Quem conhece o vosso nome, em vós espera, *
porque nunca abandonais quem vos procura.

Ant. O Senhor é o refúgio do oprimido,
seu abrigo nos momentos de aflição.

Ant.3 Anunciarei vossos louvores junto às portas de Sião.

II

12Cantai hinos ao Senhor Deus de Sião, *
celebrai seus grandes feitos entre os povos!

13Pois não esquece o clamor dos infelizes, *
deles se lembra e pede conta do seu sangue.

= 14Tende pena e compaixão de mim, Senhor! †
Vede o mal que os inimigos me fizeram! *
E das portas dos abismos retirai-me,

= 15 para que eu possa anunciar vossos louvores †
junto às portas da cidade de Sião, *
e exultar por vosso auxílio e salvação!

16Os maus caíram no buraco que cavaram, *
nos próprios laços foram presos os seus pés.

17O Senhor manifestou seu julgamento: *
ficou preso o pecador em seu pecado.

18Que tombem no abismo os pecadores *
e toda gente que se esquece do Senhor!

19 Mas o pobre não será sempre esquecido, *
nem é vã a esperança dos humildes.

20Senhor, erguei-vos, não se ufanem esses homens! *
Perante vós sejam julgados os soberbos!

21 Lançai, Senhor, em cima deles o terror, *
e saibam todos que não passam de mortais!

Ant. Anunciarei vossos louvores junto às portas de Sião.