4o DOMINGO DO TEMPO COMUMIV Semana do SaltérioI VésperasCântico evangélico, ant.Ano A Jesus, vendo as multidões, subiu ao monte,
E a ele se ache
garam seus discípulos.
Ele, então, pôs-se a falar e os ensi
nava:
Felizes os
pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos
Céus!
Ano B Todo o povo se admirava da dou
trina de Jesus,
porque ele ensi
nava, possuindo autoridade.
Ano C Todos eles se admiravam
das palavras proferidas pelos
lábios do Senhor.
Ofício das Leituras
Primeira leitura
Do Livro do Gênesis
27,1-29
Isaac abençoa Jacó
1Isaac tornou-se velho e seus olhos se enfraqueceram
a ponto de não mais enxergar. Ele chamou seu filho mais
velho, Esaú: “Meu filho!”, disse-lhe, e este respondeu:
“Sim!” 2Ele retomou: “Vês, estou velho e não conheço o dia
de minha morte. 3Agora, toma tuas armas, tua aljava e teu
arco, sai ao campo e apanha-me uma caça. 4Faze-me um bom
prato, como eu gosto, e traze-mo, a fim de que eu coma e
minha alma te abençoe antes que eu morra”. - 5Ora, Rebeca
ouvia enquanto Isaac falava com seu filho Esaú. - Esaú foi,
pois, ao campo apanhar uma caça para seu pai.
6Rebeca disse a seu filho Jacó: “Ouvi teu pai dizer a
teu irmão Esaú: 7‘Traze-me uma caça e faze-me um bom
prato, eu comerei e te abençoarei diante do Senhor antes
de morrer’. 8Agora, ouve-me e faze como te ordeno.
9Vai ao rebanho e traze-me de lá dois belos cabritos, e
prepararei para teu pai um bom prato, como ele gosta. 10Tu o
apresentarás a teu pai e ele comerá, a fim de que te abençoe
antes de morrer”.
11Jacó disse à sua mãe Rebeca: “Vê: meu irmão Esaú é
peludo, e eu tenho a pele muito lisa. 12Talvez meu pai me
apalpe: verá que zombei dele e atrairei sobre mim a maldição
em lugar da bênção”. 13Mas sua mãe lhe respondeu: “Caia
sobre mim tua maldição, meu filho! Obedece-me, vai e
traze-me os cabritos”. 14Ele foi buscá-los e os trouxe para
a sua mãe, que preparou um bom prato, a gosto de seu pai.
15Rebeca tomou as mais belas roupas de Esaú, seu filho
mais velho, que tinha em casa, e com elas revestiu Jacó, seu
filho mais novo. 16Com a pele dos cabritos ela lhe cobriu os
braços e a parte lisa do pescoço. 17Depois colocou o prato e
o pão que preparara nas mãos de seu filho Jacó.
18Jacó foi a seu pai e disse: “Meu pai!” Este respondeu:
“Sim! Quem és tu, meu filho?” 19Jacó disse a seu pai: “Sou
Esaú, teu primogênito; fiz o que me ordenaste. Levanta-te,
por favor, assenta-te e come da minha caça, a fim de que tua
alma me abençoe”. 20Isaac disse a Jacó: “Como a encontraste
depressa, meu filho!” E ele respondeu: “É que o Senhor teu
Deus me foi propício”. 21Isaac disse a Jacó: “Aproxima-te,
pois, para que te apalpe, meu filho, para saber se és ou não
o meu filho Esaú”.
22Jacó aproximou-se de seu pai Isaac, que o apalpou e
disse: “A voz é a de Jacó, mas os braços são os de Esaú!”
23Ele não o reconheceu porque seus braços estavam peludos
como os de Esaú, seu irmão, e ele o abençoou. 24Disse: “Tu
és meu filho Esaú?” E o outro respondeu: “Sim”. 25Isaac
retomou: “Serve-me e que eu coma da caça de meu filho,
a fim de que minha alma te abençoe”. Ele o serviu e Isaac
comeu, apresentou-lhe vinho e ele bebeu. 26Seu pai Isaac
lhe disse: “Aproxima-te e beija-me, meu filho!” 27Ele se
aproximou e beijou o pai, que respirou o odor de suas
roupas. Ele o abençoou assim:
“Sim, o odor de meu filho
é como o odor de um campo fértil
que o Senhor abençoou.
28Que Deus te dê o orvalho do céu
e as gorduras da terra,
trigo e vinho em abundância!
29Que os povos te sirvam,
que nações se prostrem diante de ti!
Sê um senhor para teus irmãos,
que se prostrem diante de ti os filhos de tua mãe!
Maldito seja quem te amaldiçoar!
Bendito seja quem te abençoar!”
Responsório Rm 9,11.12
R. Para que fosse confirmada a liberdade da escolha de Deus,
que depende não das obras, mas daquele que chama,
* Deus disse: O mais velho servirá o mais moço.
V. Antes mesmo que fossem nascidos,
e antes que tivessem
feito bem ou mal algum.
* Deus disse.
Segunda leitura
Da “Carta aos Coríntios”, de São Clemente I, papa e mártir
(Cap. 40-43)
(Séc. I)
Os Apóstolos saíram para
anunciar o advento do reino de Deus
Visto que já conhecemos as profundezas da mente divina,
devemos fazer com ordem tudo aquilo que o Senhor nos
mandou cumprir no tempo determinado, ou seja, oferecer
diligentemente os sacrifícios e os mistérios sagrados, não
ao acaso ou desordenadamente, mas no tempo e na hora
certos.
Ele determinou também, por sua decisão soberana, onde
e quais ministros deverão celebrá-los, para que tudo fosse
feito de forma santa (efetuado com devoção), sendo aceito
por sua vontade. Portanto, aqueles que fazem suas oferendas dentro dos tempos determinados são-Lhe agradáveis e
abençoados, já que seguem as recomendações do Senhor e
não pecam, pois ao sumo sacerdote foram confiadas determinadas tarefas, enquanto aos sacerdotes, um lugar próprio,
e aos levitas, serviços específicos. Ao leigo são confiadas
as tarefas que lhe cabem.
Que cada um de nós, irmãos, participe com dignidade,
em ação de graças, vivendo em boa consciência e sem
transgredir as regras de seu ministério.
Apenas em Jerusalém são oferecidos sacrifícios diários,
votivos ou de expiação do pecado, e nem mesmo se pode
oferecer em qualquer parte, mas somente no átrio do templo, sobre o altar, e só depois de o sumo sacerdote e os seus
ministros examinarem atenciosamente a oferenda. Aqueles
que transgridem as regras rituais, desobedecendo à vontade
do Senhor, serão punidos com a morte.
Irmãos, considerai que, quanto maior a consciência de
que fomos julgados dignos, maior o perigo a que estamos
expostos. Os Apóstolos foram enviados para nós pelo Senhor Jesus para pregar o Evangelho; Jesus Cristo foi enviado
por Deus. Portanto, Cristo vem de Deus, e os Apóstolos de
Cristo: as duas coisas realizam-se em perfeita ordem por
vontade de Deus. E assim, após terem recebido o mandato
e o encargo, reforçados pela palavra de Deus e plenamente
assegurados da ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo,
os Apóstolos saíram para anunciar o advento do reino de
Deus com inabalável fé no Espírito Santo.
Pregando o Verbo nos vilarejos e nas cidades, nomearam
bispos e diáconos para os futuros crentes, aqueles de que
testaram, no Espírito Santo, a verdadeira disponibilidade
à fé. Mas até esta instituição não era nova: de fato, havia
séculos as Escrituras tinham falado de bispos e diáconos,
pois assim se lê: “Estabelecerei seus bispos na justiça e
seus diáconos na fé.” Por que estranhar que os Apóstolos,
a quem Cristo havia confiado, da parte de Deus, tal encargo, tenham ordenado os ministros mencionados? Ora,
o bem-aventurado Moisés, servo fiel em toda casa (Nm
12,7), assinalou, nos livros sagrados, tudo o que lhe fora
encomendado por Deus; e os demais profetas o seguiram,
juntando os seus testemunhos às leis por ele instituídas.
De fato, surgiu uma disputa a respeito do sacerdócio, e, já
que as tribos lutavam pela honra daquele título glorioso,
Moisés pediu que os líderes das doze tribos lhe trouxessem
bastões com o nome de cada tribo ali gravado. Tomando tais
bastões, amarrou-os, selou-os com os anéis dos líderes e os
depositou sobre a mesa de Deus, na tenda do testemunho.
Em seguida, fechou a tenda, selando as chaves e as portas,
e disse-lhes: Irmãos, aquele cujo bastão brotar será o
escolhido por Deus para exercer o sacerdócio e ministrar
Seu culto. Ao amanhecer, reuniu todo o Israel, os seiscentos
mil homens, e mostrou os selos aos líderes. Depois, abriu
a tenda do testemunho e retirou os bastões. E ocorreu que
o bastão de Aarão não apenas germinara como também
produzira fruto (Nm 17,17-23).
Então, o que vos parece, caríssimos?
Acaso Moisés não sabia, previamente, o que deveria
acontecer? Sem dúvida, mas agiu dessa maneira para evitar uma revolta entre o povo de Israel, de modo que fosse
glorificado o nome do verdadeiro e único Deus. A Ele, a
glória pelos séculos dos séculos. Amém.
Responsório Jr 6,16; Pr 22,28
R. Sustai vossos passos e escutai;
* Informai-vos sobre os caminhos de outrora,
vede qual a
senda da salvação; segui-a.
V. Não removais os limites antigos que vossos pais fixaram.
* Informai-vos.
Te Deum
em latim
(A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)
A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.
A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!
Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,
Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.
A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,
e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.
Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.
Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.
Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.
Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.
Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.
(A parte que se segue pode ser omitida, se for oportuno).
Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.
Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.
Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.
Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.
Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!
OraçãoConcedei-nos,
Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as
pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.