11a SEMANA DO TEMPO COMUMIII Semana do SaltérioSEXTA-FEIRAOfício das LeiturasPrimeira leitura
Do Livro do Profeta Zacarias
1,1-2,4
Jerusalém será reconstruída.
1,1No oitavo mês, no segundo ano de Dario, a palavra
do Senhor foi dirigida ao profeta Zacarias (filho de
Baraquias), filho de Ado, nestes termos: 2O Senhor esteve
profundamente irritado contra vossos pais. 3Tu lhes dirás:
Assim disse o Senhor dos Exércitos: Retornai a mim
- oráculo do Senhor dos Exércitos -, e eu retornarei a vós,
disse o Senhor dos Exércitos. 4Não sejais como vossos
pais, a quem os antigos profetas anunciaram: Assim disse
o Senhor dos Exércitos: Convertei-vos de vossos caminhos
perversos e de vossas ações perversas. Mas eles não ouviram
e não me deram atenção - oráculo do Senhor. 5Onde estão
os vossos pais? E os profetas vivem para sempre? 6Mas
as minhas palavras e os meus decretos, que proclamei por
intermédio de meus servos, os profetas, acaso não atingiram
os vossos pais? Então eles se converteram e disseram: “O
Senhor dos Exércitos agiu conosco como tinha determinado
fazer, conforme os nossos caminhos e as nossas ações”.
7No dia vigésimo quarto do décimo primeiro mês (o mês
de Sabat), no segundo ano de Dario, a palavra do Senhor
foi dirigida ao profeta Zacarias (filho de Baraquias), filho
de Ado, nestes termos: 8Eu tive uma visão durante a noite.
Eis: Um homem montando um cavalo vermelho estava
parado entre as murtas que havia num vale profundo; atrás
dele estavam cavalos vermelhos, alazões e brancos. 9E eu
disse: “Quem são eles, meu Senhor?” Disse-me o anjo
que falava comigo: “Vou mostrar-te quem são eles”. 10E o
homem que estava entre as murtas respondeu: “Estes são os
que o Senhor enviou para percorrer a terra”. 11Então eles se
dirigiram ao Anjo do Senhor, que estava entre as murtas, e
lhe disseram: “Acabamos de percorrer a Terra e eis que toda
a terra repousa e está tranquila!” 12Então falou o Anjo do
Senhor: “Senhor dos Exércitos, até quando demorarás ainda
a ter piedade de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as
quais estás irado, há setenta anos?” 13E o Senhor respondeu
ao Anjo, que falava comigo, com boas palavras, com
palavras consoladoras. 14Então o anjo que falava comigo
me disse: “Proclama: Assim disse o Senhor dos Exércitos.
Eu tenho um grande ciúme de Jerusalém e de Sião, 15e
estou sumamente irritado contra as nações tranquilas;
porque enquanto eu estava apenas um pouco irritado elas
colaboravam com o mal. 16Por isso assim disse o Senhor: Eu
me volto para Jerusalém com misericórdia, a minha Casa
será ali reconstruída - oráculo do Senhor dos Exércitos - e
o cordel será estendido sobre Jerusalém. 17Proclama ainda.
Assim disse o Senhor dos Exércitos. Minhas cidades terão
abundância de bens. O Senhor consolará Sião novamente,
ele elegerá novamente Jerusalém”.
2,1Levantei os olhos e vi: e eis quatro chifres. 2Eu disse
ao anjo que falava comigo: “Que são eles?” E ele me
disse: “Estes são os chifres que dispersaram Judá (Israel) e
Jerusalém”. 3Depois o Senhor fez-me ver quatro ferreiros.
4E eu disse: “O que é que eles vem fazer?” Ele me disse:
“(estes são os chifres que dispersaram Judá, de tal modo
que ninguém podia levantar a cabeça), eles vieram para
amedrontá-los, para abater os chifres das nações, que
levantaram o chifre contra a terra de Judá, para dispersá-lo”.
Responsório Cf. Zc 1,16; Ap 21,23
R. Diz o Senhor: volto novamente para Jerusalém cheio
de compaixão;
* Nela minha casa será reedificada.
V. A cidade não necessita de sol nem de lua para iluminar,
porque a glória de Deus a ilumina, e a sua luz é o Cordeiro.
* Nela minha casa.
Segunda leitura
Das “Instruções”, de São Columbano, abade
(Instr. De compunctione, 12,2-3: Opera, Dublin 1957, pp.
112-114)
(Séc. VII)
Luz perene no templo do Pontífice eterno
Que felizes, que ditosos aqueles servos que o Senhor
ao voltar encontrar vigilantes! (Lc 12,37). Preciosa vigília
pela qual se mantém alerta para Deus, criador do universo,
que tudo penetra e tudo supera!
Oxalá também a mim, embora vil, mas seu mínimo
servo, se digne de tal forma sacudir-me do sono da inércia,
acender o fogo da caridade divina. Que a chama de seu
amor, o desejo de união com ele cintilem mais que os astros
e sempre arda dentro de mim o fogo divino!
Quem me dera serem tais os méritos, que minha lâmpada
estivesse sempre acesa, à noite, no templo de meu Senhor,
para iluminar todos os que entram na casa de meu Deus!
Senhor, concede-me, eu te rogo, em nome de Jesus Cristo,
teu Filho e meu Deus, aquela caridade que não conhece ocaso, a fim de que minha lâmpada possa acender-se e jamais
se apagar. Arda para mim, ilumine os outros.
Que tu, Cristo, dulcíssimo Salvador nosso, te dignes
acender nossas lâmpadas, de modo a refulgirem para sempre em teu templo, receberem perene luz de ti, que és a luz
perene, para iluminar nossas trevas e afugentar de nós as
trevas no mundo.
Entrega, rogo-te, meu Jesus, Pontífice das realidades
eternas, tua luz à minha candeia, para que por esta luz
se manifeste a mim o santo dos santos que te possui, ali
entrando pelos umbrais de teu templo magnífico, e onde
somente e sem cessar eu te veja, te contemple, te deseje.
Esteja eu apenas diante de ti, amando-te, e em face de ti
minha lâmpada sempre resplenda, se abrase.
Suplico, tenhas a condescendência de te mostrares,
amado Salvador, a nós que batemos à tua porta para que,
conhecendo-te, só a ti amemos, só a ti desejemos, só em ti
meditemos dia e noite, sempre pensemos em ti. Inspira em
nós tanto amor por ti quanto é justo que sejas, ó Deus, amado
e querido. Teu amor invada todo o nosso íntimo, teu amor
nos possua por inteiro, tua caridade penetre em nossos sentidos todos. Deste modo, não saibamos amar coisa alguma
fora de ti, que és eterno. Uma caridade tamanha que nem
as muitas águas do céu, da terra e do mar jamais a possam
extinguir em nós, conforme a palavra: E as muitas águas
não puderam extinguir o amor (Ct 8,7).
Que tudo se realize em nós, ao menos em parte, por teu
dom, Senhor nosso, Jesus Cristo, a quem a glória pelos
séculos. Amém.
Responsório Is 60,19-20a
R. Não terás mais sol para o dia aclarar,
nem o brilho da
lua para te iluminar;
* O Senhor há de ser tua luz sempiterna;
e o teu Deus, tua
glória.
V. Nunca mais o teu sol vai se pôr,
e a tua lua não mais
minguará.
* O Senhor.
OraçãoÓ
Deus, força daqueles que esperam em vós, sede favorável ao nosso apelo,
e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da
vossa graça, para que possamos querer e agir conforme vossa vontade,
seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.