3a SEMANA DO TEMPO COMUMIII Semana do SaltérioTERÇA-FEIRAOfício das LeiturasPrimeira leitura
Do Livro do Gênesis
21,1-21
O nascimento de Isaac
1O Senhor visitou Sara, como dissera, e fez por ela como
prometera. 2Sara concebeu e deu à luz um filho a Abraão
já velho, no tempo que Deus tinha marcado. 3Ao filho que
lhe nasceu, gerado por Sara, Abraão deu o nome de Isaac.
4Abraão circuncidou seu filho Isaac quando ele completou
oito dias, como Deus lhe ordenara. 5Abraão tinha cem anos
quando lhe nasceu seu filho Isaac. 6E disse Sara: “Deus me
deu motivo de riso, todos os que o souberem rirão comigo”.
7Ela disse também:
“Quem teria dito a Abraão
que Sara amamentaria filhos!
Pois lhe dei um filho na sua velhice”.
8A criança cresceu e foi desmamada, e Abraão deu uma
grande festa no dia em que Isaac foi desmamado. 9Ora,
Sara percebeu que o filho nascido a Abraão da egípcia Agar
brincava com seu filho Isaac, 10e disse a Abraão: “Expulsa
esta serva e seu filho, para que o filho desta serva não
seja herdeiro com meu filho Isaac”. 11Esta palavra, acerca
de seu filho, desagradou muito a Abraão, 12mas Deus lhe
disse: “Não te lastimes por causa da criança e de tua serva:
tudo o que Sara te pedir, concede-o, porque é por Isaac que
uma descendência perpetuará o teu nome, 13mas do filho da
serva eu farei uma nação, pois ele é de tua raça”. 14Abraão
levantou-se cedo, tomou pão e um odre de água que deu
a Agar; colocou-lhe a criança sobre os ombros e depois a
mandou embora.
Ela saiu andando errante no deserto de Bersabeia.
15Quando acabou a água do odre, ela colocou a criança
debaixo de um arbusto 16e foi sentar-se defronte, à distância
de um tiro de arco. Dizia consigo mesma: “Não quero ver
morrer a criança!” Sentou-se defronte e se pôs a gritar e
chorar.
17Deus ouviu os gritos da criança e o anjo de Deus, do
céu, chamou Agar, dizendo: “Que tens, Agar? Não temas,
pois Deus ouviu os gritos do menino, do lugar onde ele está.
18Ergue-te! Levanta a criança, segura-a firmemente, porque
eu farei dela uma grande nação”. 19Deus abriu os olhos de
Agar e ela enxergou um poço. Foi encher o odre e deu de
beber ao menino.
20Deus esteve com ele; ele cresceu e residiu no deserto,
e tornou-se flecheiro. 21Ele morou no deserto de Farã e sua
mãe lhe escolheu uma mulher da terra do Egito.
Responsório Rm 9,7-8; Gl 4,30
R. Nem todos os descendentes de Abraão são filhos de
Abraão;
mas é em Isaac que terás uma descendência.
* Não são os filhos da carne que são filhos de Deus,
mas
os filhos da promessa é que serão considerados como descendentes.
V. Lança fora a escrava e seu filho,
porque o filho da escrava
não será herdeiro com o filho da livre.
* Não são.
Segunda leitura
Da “Carta aos Coríntios”, de São Clemente I, papa
(Cap. 24,1-5; 27,1-29,1: Funk 1,93-97)
(Séc. I)
Deus é fiel às suas promessas
Consideremos, diletos, de que modo o Senhor continuamente nos mostra a
futura ressurreição, que tem por primícias o Senhor Jesus Cristo, a quem
ressuscitou dos mortos.
Pensemos, caríssimos, na ressurreição que se dará em seu
tempo. O dia e a noite nos lembram a ressurreição. A noite
deita-se, levanta-se o dia; vai-se o dia, cresce a noite em
seguida. Vejamos as searas; quem e como fez a semente?
Saiu o semeador e lançou em terra uma semente qualquer.
As que caíram limpas e secas na terra se dissolvem; depois,
pela dissolução, a imensa majestade da divina providência
as ressuscita, e de uma só muitas brotam e produzem fruto
multiplicado.
Portanto, com a mesma esperança unamos nosso espírito
a ele, fiel a suas promessas e justo nos julgamentos. Ele,
que proibiu mentir, com muito mais razão não mentirá. Pois
nada é impossível a Deus a não ser mentir. Que se avive
nossa confiança e consideremos tudo como em estreita
relação com ele.
Por sua palavra onipotente, tudo criou e pode por uma
palavra tudo destruir. Quem lhe dirá: Que fizeste? Ou que
força resistirá a seu poder? (cf. Sb 12,12). Quando quer,
como quer, tudo fará, e nada se omitirá do que uma vez
decretou. Tudo está diante de seu olhar e nenhum pensamento lhe é oculto, se até os céus narram a glória de Deus,
o firmamento anuncia a obra de suas mãos; o dia transmite
ao dia a palavra, e a noite, o conhecimento; e não são falas
nem palavras que não se possam ouvir (Sl 18,2-4).
Estando assim tudo patente a seus olhos e ouvidos,
temamos e, deixemos de lado as cobiças impuras, para nos
cobrir com sua misericórdia no futuro juízo. Porque qual
de nós poderá fugir de sua mão poderosa? Que mundo
acolherá ao que dele fugir? Em certo lugar diz a Escritura:
Aonde irei e onde me ocultarei de tua face? Se subir aos
céus, tu ali estás; se for aos confins da terra, lá tua mão
direita; se puser meu leito no mar, ali está teu espírito (cf.
Sl 138,7-11). Aonde então irá alguém ou para onde fugirá
daquele que tudo abarca?
Aproximemo-nos, portanto, na santidade, elevando para
ele castas e puras mãos, amando o nosso benigno e misericordioso Pai que nos tornou participantes de sua eleição.
Responsório Est 4,17c.17d. cf. 17h
R. Rei todo-poderoso, meu Senhor,
sob a vossa autoridade
tudo está e
ninguém pode se opor às vossas ordens.
* Por amor de vosso nome, libertai-nos!
V. Pois criastes esta terra e o firmamento
e tudo o que se
encontra sob o céu.
* Por amor.OraçãoDeus
eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para
que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.