13o DOMINGO DO TEMPO COMUMI Semana do Saltério Ofício das Leituras
Primeira leitura
Do Primeiro Livro de Samuel
5,1.6-6,5a.10-12.19-7,1
A arca de Deus é devolvida à Israel
5,1Assim que os filisteus se apossaram da Arca de Deus,
levaram-na de Ebenezer a Azoto.
6A mão de Deus pesou sobre as azotitas e os afligiu com
tumores em Azoto e seu território. 7Quando os habitantes
de Azoto viram o que lhes acontecia, disseram: “Não
fique conosco a Arca do Deus de Israel, porque a sua
mão endureceu contra nós e contra o nosso deus Dagon”.
8Mandaram então procurar e reunir junto deles todos os
príncipes dos filisteus, e disseram: “Que devemos fazer
com a Arca do Deus de Israel?” Os príncipes disseram:
“A Arca do Deus de Israel seja levada a Gat”, e levaram a
Arca do Deus de Israel. 9Mas logo que a levaram, a mão do
Senhor caiu sobre a cidade e houve um grande pânico: os
homens da cidade foram afligidos, do maior até o menor, e
lhes saíram tumores, 10Enviaram então a Arca de Deus de
Aracon, e assim que a Arca de Deus ali chegou, os acaronitas
gritaram, dizendo: “Trouxeram a Arca do Deus de Israel para
me fazer perecer, a mim e a meu povo!” 11Então mandaram
procurar e reunir todos os príncipes dos filisteus, e disseram:
Devolvei a Arca do Deus de Israel: que retorne ao seu lugar
e não e não ais me destrua a mim e ao meu povo.” De fato,
um grande medo da morte se sentia em toda a cidade, tanto
pesara a mão de Deus ali. 12Aqueles que não morriam eram
afligidos com tumores, e o grito de aflição da cidade subia
até o céu.
6,1A Arca do Senhor esteve sete meses na terra dos
filisteus. 2Os filisteus chamaram os sacerdotes e os adivinhos
e lhes perguntaram: “Que devemos fazer com a Arca do
Senhor: Dizei-nos como havemos de devolve-la ao seu
lugar.” 3Eles responderam: “Se quereis devolver a Arca do
Deus de Israel, não a envieis vazia, porém mandai com ela
uma reparação. Então sereis curados e sabereis por que a
sua mão não se retira de vós”. 4Então perguntaram: “Qual
deve ser a reparação que lhe pagaremos?” Responderamlhes: “De acordo com o número dos príncipes dos filisteus,
cinco tumores de ouro e cinco ratos de ouro, porque foi a
mesma praga para vós e vossos príncipes. 5aFazei imagens
dos vossos tumores e imagens dos vossos ratos.
10Assim fizeram: tomaram duas vacas com cria e as
atrelaram ao carro, mas deixaram os bezerros no curral.
11Puseram a Arca do Senhor no carro, e também o cofre com
os ratos de ouro e as imagens dos seus tumores.
12As vacas tomaram diretamente o caminho de BetSames e mantiveram-no, mugindo, sem se desviar nem para
a direita nem para a esquerda. Os príncipes dos filisteus as
seguiram até o território de Bet-Sames.
19Deus feriu entre alguns homens de Bet-Sames, pois eles
tinham olhado o interior da Arca do Senhor, Ele feriu entre o
povo setenta homens (cinquenta mil homens). O povo ficou
de luto, por que Deus lhes tinha dado tão duro castigo.
20Então, os habitantes de Bet-Sames disseram: “Quem
poderá estar em pé na presença do Senhor, esse Deus
santo? Para quem irá ele agora, saindo daqui?” 21Enviaram
mensageiros aos habitantes de Cariat-Iarim, com estas
palavras: “Os filisteus restituíram a Arca do Senhor. Descei,
e fazei- a subir até vós.”
7,1Os habitantes de Cariat-Iarim vieram e fizeram subir
a Arca do Senhor. Conduziram-na à casa de Abinadab, no
outeiro, e consagraram Eleazar, seu filho, para guardar a
Arca do Senhor.
Responsório
Sl 5,8; 75,8
R. Eu, graças à vossa grande bondade,
entrarei em vossa
casa.
* Prostrar-me-ei em vosso santuário.
V. Terrível sois, quem vos poderá resistir,
diante do furor de
vossa cólera?
* Prostrar-me-ei em vosso santuário.
Segunda leitura
Do Tratado “sobre a Oração do Senhor”, de São Cipriano,
bispo e mártir
(Nn. 32-33)
(Séc. III)
Vale mais a oração com jejum e esmola
Aqueles que rezam a Deus não devem fazê-lo apenas
com orações, e sem frutos. Quando oramos a Deus com
a oração estéril, o pedido é ineficaz. Na verdade, assim
como toda árvore que não produz fruto é cortada e jogada
no fogo, da mesma forma um discurso sem fruto não pode
ser digno de Deus, pois não é fecundo de obras. Por essa
razão, a divina Escritura nos instrui, afirmando: Vale mais
a oração com jejum e esmola (Tb 12,8). Aquele, de fato,
que no dia do Juízo Final dará o prêmio pelas obras e pelas esmolas, também agora escuta benignamente a oração
acompanhada de boas obras. Por ter orado desse modo, o
centurião Cornélio mereceu ser ouvido: ele dava muitas
esmolas ao povo e orava sempre a Deus (At 10,2).
Chegam imediatamente a Deus as preces que são recomendadas pelos méritos de nossas obras. Assim, o anjo
Rafael se apresentou a Tobias, que estava sempre absorto em
oração e boas obras, proclamando: É necessário revelar e
manifestar as obras de Deus. Quando você e Sara rezavam,
era eu quem apresentava o memorial da súplica de vocês
diante do Senhor glorioso. (Tb 12,7.11-12)
Deus promete estar presente, escutar e proteger aqueles
que, tendo o coração livre das amarras da injustiça, cumprem
o Seu preceito de fazer esmolas aos servos de Deus; assim,
ao ouvir o que Deus manda fazer, eles mesmos merecem ser
ouvidos por Ele. O abençoado apóstolo Paulo, encontrandose em grave necessidade e ajudado pelos irmãos, afirmou
que as obras se tornam sacrifícios aos olhos de Deus: Tenho
até de sobra, disse, especialmente agora que Epafrodito me
trouxe aquilo que vocês mandaram. É como um perfume de
suave odor, sacrifício agradável que Deus aceita. (Fl 4,18).
De fato, quando alguém tem compaixão do pobre, empresta
a Deus, e quem dá também aos mais miseráveis doa a Deus,
oferecendo-Lhe sacrifícios espirituais de suave perfume.
Responsório
Sir 3,29-30; Pr 16,6
R. A água apaga o fogo, e a esmola apaga os pecados.
* Quem retribui com o bem armazena para o futuro,
e no
tempo de sua queda encontrará apoio.
V. Com amor e fidelidade apaga-se a culpa.
* Quem retribui.
Te Deum
em latim
(A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)
A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.
A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!
Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,
Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.
A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,
e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.
Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.
Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.
Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.
Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.
Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.
(A parte que se segue pode ser omitida, se for oportuno).
Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.
Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.
Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.
Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.
Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!
Oração
Ó
Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não
sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a
luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.