Perdoa a injustiça cometida por teu próximo;
quando orares teus pecados serão perdoados.
O rancor e a raiva são coisas detestáveis,
até o pecador procura dominá-las.
Quem se vingar encontrará a vingança do Senhor,
que pedirá severas conta dos seus pecados.
Perdoa a injustiça cometida por teu próximo:
assim, quando orares, teus pecados serão perdoados.
Se alguém guarda raiva contra o outro,
como poderá pedir a Deus a cura?
Se não tem compaixão do seu semelhante,
como poderá pedir perdão dos seus pecados?
Se ele, que é um mortal, guarda rancor,
quem é que vai alcançar perdão para os seus pecados?
Lembra-te do teu fim e deixa de odiar;
pensa na destruição e na morte,
e persevera nos mandamentos.
Pensa nos mandamentos,
e não guardes rancor ao teu próximo.
Pensa na aliança do Altíssimo,
e não leves em conta a falta alheia!
Palavra do Senhor.
Quer vivamos, quer morramos,
pertencemos ao Senhor.
Não te digo perdoar até sete vezes,
mas até setenta vezes sete.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 18,21-35
Naquele tempo:
Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou:
'Senhor, quantas vezes devo perdoar,
se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?'
Jesus respondeu:
'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Porque o Reino dos Céus é como um rei
que resolveu acertar as contas com seus empregados.
Quando começou o acerto,
trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
Como o empregado não tivesse com que pagar,
o patrão mandou que fosse vendido como escravo,
junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía,
para que pagasse a dívida.
O empregado, porém, caíu aos pés do patrão,
e, prostrado, suplicava:
'Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'.
Diante disso, o patrão teve compaixão,
soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair dali,
aquele empregado encontrou um dos seus companheiros
que lhe devia apenas cem moedas.
Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo:
'Paga o que me deves'.
O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava:
'Dá-me um prazo! e eu te pagarei'.
Mas o empregado não quis saber disso.
Saiu e mandou jogá-lo na prisão,
até que pagasse o que devia.
Vendo o que havia acontecido,
os outros empregados ficaram muito tristes,
procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse:
'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida,
porque tu me suplicaste.
Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro,
como eu tive compaixão de ti?'
O patrão indignou-se
e mandou entregar aquele empregado aos torturadores,
até que pagasse toda a sua dívida.
É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco,
se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.'
Palavra da Salvação.