3o DOMINGO DO TEMPO COMUMIII Semana do SaltérioI VésperasCântico evangélico, ant.Ano A Convertei-vos, nos diz o Se
nhor,
Está próximo o
Reino dos céus.
Ano B Dirigiu-se Jesus à Gali
léia,
o Evangelho de
Deus anunciando:
Convertei-vos e
crede no Evangelho,
pois o Reino de
Deus está chegando!
Ano C Jesus, então, voltou pela
força do Espírito.
Nas sinagogas ensinava e
todos o aclamavam.
Ofício das Leituras
Primeira leitura
Do Livro do Deuteronômio 18,1-22
Os levitas. Os verdadeiros e os falsos profetasNaqueles dias, Moisés falou ao povo, dizendo: 1"Os sacerdotes levíticos e toda a tribo
de Levi não terão parte na herança com todo o Israel; viverão dos
sacrifícios oferecidos ao Senhor e da sua herança. 2Nada receberão dos bens de seus irmãos: o próprio Senhor é a sua herança, como ele lhes disse.
3Eis os direitos dos sacerdotes sobre o
povo, sobre aqueles que oferecem em sacrifício um boi ou uma ovelha:
darão ao sacerdote o quarto dianteiro, as mandíbulas e o estômago; 4a ele se darão também as primícias do trigo, do vinho e do azeite, bem como as primícias da tosquia das ovelhas. 5Pois
foi ele que o Senhor teu Deus escolheu dentre todas as tribos para
estar com seus filhos em sua presença e exercer o ministério em nome do
Senhor, para sempre.
6Quando um levita sair de qualquer cidade
de Israel, para onde emigrou, e de livre e espontânea vontade vier para
o lugar escolhido pelo Senhor, 7exercerá o ministério em nome do Senhor seu Deus, como todos os seus irmãos levitas que ali estiverem servindo ao Senhor. 8Receberá a mesma porção de alimentos que os outros, além daquilo que lhe é devido na sua cidade por sucessão paterna.
9Quando tiveres entrado na terra que o Senhor teu Deus te vai dar, não imites as práticas abomináveis daquelas nações. 10Nem
haja em teu meio quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem
quem consulte adivinhos, ou observe sonhos ou agouros, nem quem use
malefícios, 11nem quem recorra à magia, consulte oráculos ou adivinhos, nem quem indague dos mortos a verdade. 12Porque o Senhor abomina todas estas coisas, e por tais maldades deserdará estes povos à tua entrada. 13Tu, sê perfeito e sem mancha com o Senhor teu Deus. 14Estes
povos, cuja terra vais possuir, consultam feiticeiros e adivinhos: tu,
porém, foste instruído de outro modo pelo Senhor teu Deus.
15O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus irmãos, um profeta como eu: a ele deverás escutar. 16Foi
exatamente o que pediste ao Senhor teu Deus, no monte Horeb, quando
todo o povo estava reunido, dizendo: "Não quero mais escutar a voz do
Senhor meu Deus, nem ver este grande fogo, para não acabar morrendo". 17Então o Senhor me disse: "Está bem o que disseram. 18Farei
surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti.
Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu
lhe mandar. 19Eu mesmo pedirei contas a quem não escutar as palavras que ele pronunciar em meu nome. 20Mas
o profeta que tiver a ousadia de dizer em meu nome alguma coisa que não
lhe mandei ou se falar em nome de outros deuses, esse profeta deverá
morrer". 21E se perguntares: "Como posso distinguir a palavra que não vem do Senhor?", 22nisto
terás um sinal: se não acontecer o que aquele profeta disse em nome do
Senhor, o Senhor não disse tal coisa, mas foi o profeta que o inventou
por presunção do seu espírito; e por isso não o temerás".
Responsório Dt 18,18; Lc 20,13b; cf. Jo 6,14b
R. Farei surgir para o meu povo um profeta,
colocarei minhas palavras em seus lábios;
* Anunciará todas as coisas que eu disser.
V. O meu Filho muito amado enviarei.
É este realmente o profeta,
que todos esperavam vir ao mundo. * Anunciará.
Segunda leitura
Da Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia, do Concílio Vaticano II
(N. 7-8.106)(Séc. XX)
Cristo sempre presente em sua IgrejaCristo está sempre presente em sua Igreja,
principalmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da
missa, tanto na pessoa do ministro, pois quem o oferece agora, através
do ministério dos sacerdotes, é aquele mesmo que se ofereceu na cruz,
como, mais intensamente ainda, sob as espécies eucarísticas. Está
presente pela sua virtude nos sacramentos, pois quando alguém batiza é
Cristo quem batiza. Está presente por sua palavra, pois é ele quem fala,
quando se lê a Sagrada Escritura na Igreja. Está presente, enfim, na
oração e salmodia da Igreja, ele que prometeu: Onde dois ou três se reúnem em meu nome, aí estou no meio deles.
De fato, nesta obra tão grandiosa em que Deus é
perfeitamente glorificado e santificados os homens, Cristo une
estreitamente a si sua esposa diletíssima, a Igreja, que invoca seu
Senhor e, por ele, presta culto ao eterno Pai.
Portanto, com razão, considera-se a liturgia como o
exercício do múnus sacerdotal de Jesus Cristo, onde os sinais sensíveis
significam e, do modo específico a cada um, realizam a santificação do
homem. Assim, pelo Corpo místico de Jesus Cristo, isto é, sua Cabeça e
seus membros, se perfaz o culto público integral. Por este motivo, toda
celebração litúrgica, por ser ato do Cristo sacerdote e de seu Corpo, a
Igreja, é a ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra
obra da Igreja iguala no mesmo título e grau.
Participando da liturgia terrena saboreamos
antecipadamente a liturgia que se celebra na santa cidade, a Jerusalém
celeste, para onde nos dirigimos como peregrinos, lá onde Cristo se assenta à direita de Deus, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo.
Juntamente com todos os exércitos celestes, cantamos hinos de glória ao
Senhor. Venerando a memória dos santos, esperamos ter parte em sua
companhia. Finalmente, estamos na expectativa do Salvador, nosso
Senhor Jesus Cristo, que aparecerá, Ele, nossa vida, e nós também
apareceremos com Ele na glória.
A Igreja, seguindo a tradição dos apóstolos cuja
origem remonta ao próprio dia da ressurreição, celebra o mistério pascal
cada oito dias, que por isto se chama dia do Senhor ou domingo. Neste
dia devem os fiéis reunir-se para escutar a palavra de Deus e participar
da eucaristia, a fim de se lembrarem da paixão, ressurreição e glória
do Senhor Jesus, dando graças a Deus que os recriou para a esperança viva pela ressurreição de Jesus Cristo, dentre os mortos.
Assim é o domingo a festa primordial e, como tal, seja apresentado e
inculcado à piedade dos fiéis para que se lhes torne dia de alegria e de
descanso dos trabalhos. Todas as outras celebrações, a não ser que
sejam realmente de máxima importância, não passem à sua frente porque é o
fundamento e o cerne de todo o ano litúrgico.
Responsório
R. Cristo reza por nós: é o nosso sacerdote;
Cristo reza em nós: é a nossa cabeça;
nós rezamos a Ele: Ele é nosso Deus.
* Reconheçamos em Cristo a nossa voz,
reconheçamos em nós a voz de Cristo.
V. Ao falarmos a Deus, na oração,
não devemos do Filho separá-lo. * Reconheçamos.
Te Deum
em latim
(A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)
A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.
A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!
Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,
Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.
A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,
e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.
Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.
Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.
Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.
Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.
Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.
(A parte que se segue pode ser omitida, se for oportuno).
Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.
Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.
Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.
Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.
Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida
segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho,
frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.