2a SEMANA DO TEMPO COMUMII Semana do SaltérioTERÇA-FEIRAOfício das LeiturasPrimeira leitura
Do Livro do Gênesis
12,1-9; 13,2-18
Vocação de Abraão
12,1Deus disse a Abrão: “Sai da tua terra, da tua parentela
e da casa de teu pai, para a terra que te mostrarei. 2Eu farei
de ti um grande povo, eu te abençoarei, engrandecerei teu
nome; sê uma bênção!
3
Abençoarei os que te abençoarem,
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem.
Por ti serão benditos
todos os clãs da terra”.
4Abrão partiu, como lhe disse o Senhor, e Ló partiu com
ele. Abrão tinha setenta e cinco anos quando deixou Harã.
5Abrão tomou sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló, todos os
bens que tinham reunido e o pessoal que tinham adquirido
em Harã; partiram para a terra de Canaã, e aí chegaram.
6Abrão atravessou a terra até o lugar santo de Siquém,
no Carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam
nesta terra. 7O Senhor apareceu a Abrão e disse: “É à tua
posteridade que eu darei esta terra”. Abrão construiu aí um
altar ao Senhor, que lhe aparecera. 8Daí passou à montanha,
a oriente de Betel, e armou sua tenda, tendo Betel a oeste
e Hai a leste. Construiu aí um altar ao Senhor e invocou
seu nome. 9Depois, de acampamento em acampamento, foi
para o Negueb.
13,2Abrão era muito rico de rebanhos, de prata e de ouro.
3Seus acampamentos conduziram-no do Negueb até Betel,
no lugar onde primeiro armara sua tenda, entre Betel e
Hai, 4no lugar em que outrora construíra o altar, e lá Abrão
invocou o nome do Senhor.
5Ló, que acompanhava Abrão, tinha igualmente ovelhas,
bois e tendas. 6A terra não era suficiente para sua instalação
comum: tinham posses imensas para poderem habitar juntos.
7Houve uma disputa entre os pastores dos rebanhos de
Abrão e os dos rebanhos de Ló (nesse tempo os cananeus e
os ferezeus habitavam essa terra). 8Abrão disse a Ló: “Que
não haja discórdia entre mim e ti, entre meus pastores e os
teus, pois somos irmãos! 9Toda a terra não está diante de ti?
Peço-te que te apartes de mim. Se tomares a esquerda, irei
para a direita; se tomares a direita, irei para a esquerda”.
10Ló ergueu os olhos e viu toda a Planície do Jordão, que
era toda irrigada - antes que o Senhor destruísse Sodoma
e Gomorra - como o jardim do Senhor, como a terra do
Egito, até Segor. 11Ló escolheu para si toda a Planície do
Jordão e emigrou para o Oriente. Assim eles se separaram
um do outro. 12Abrão estabeleceu-se na terra de Canaã e
Ló estabeleceu-se nas cidades da Planície; ele armou suas
tendas até Sodoma. 13Ora, os habitantes de Sodoma eram
grandes criminosos e pecavam contra Deus.
14O Senhor disse a Abrão, depois que Ló se separou
dele: “Ergue os olhos e olha, do lugar em que estás, para
o norte e para o sul, para o Oriente e para o Ocidente.
15Toda a terra que vês, eu a darei, a ti e à tua posteridade
para sempre. 16Tornarei a tua posteridade como poeira da
terra: quem puder contar os grãos de poeira da terra poderá
contar teus descendentes! 17Levanta-te! Percorre essa terra
no seu comprimento e na sua largura, porque eu a darei a
ti”. 18Com suas tendas, Abrão foi estabelecer-se no Carvalho
de Mambré, que está em Hebron, e lá construiu um altar
ao Senhor.
Responsório Cf. Hb 11,8; Is 51,2
R. Foi pela fé que Abraão, obedecendo ao apelo divino,
partiu para uma terra que devia receber em herança.
* E partiu não sabendo para onde ia.
V. Considerai Abraão, vosso pai, e Sara, que vos pôs no
mundo.
Ele estava só, quando o chamei.
* E partiu.
Segunda leitura
Da “Carta aos Coríntios”, de São Clemente I, papa e mártir
(Cap. 4,7-5)
Tenhamos em mente os exemplos dos santos Apóstolos
Vede, irmãos: foram o ciúme e a inveja que originaram
o fratricídio de Caim. Por causa do ciúme, nosso pai Jacó
teve que fugir da presença do seu irmão Esaú. O ciúme fez
que José fosse perseguido até a morte e acabasse preso. Foi
a inveja que obrigou Moisés a fugir da presença do faraó
do Egito, na hora de ouvir um de seus compatriotas: quem é que te constituiu líder e juiz sobre nós? Queres me matar como mataste o egípcio? (Ex 2,14). Por causa do ciúme,
Aarão e Maria tiveram que morar fora do acampamento. O
ciúme conduziu Datã e Abirão à morte, por se revoltarem
contra Moisés, servo de Deus. Por inveja, Davi não apenas
suportou o ódio dos estrangeiros, como também foi perseguido pelo rei de Israel, Saul.
Mas deixemos de lado os exemplos antigos e passemos
àqueles mais recentes: verifiquemos os nobres exemplos
da nossa geração. Por causa do ciúme e da inveja foram
perseguidas e lutaram até a morte aquelas que foram as
nossas colunas mais elevadas e santas. Consideremos os
santos apóstolos: Pedro, por despeito injusto, suportou
não apenas uma ou duas, mas numerosas provas e, depois
de ter sofrido o martírio, alcançou a merecida glória. Por
inveja e discórdia, Paulo foi exemplo de paciência: sete
vezes acorrentado, exilado, apedrejado, arauto do Verbo no
Oriente e no Ocidente, recebeu a ilustre fama por sua fé. E,
depois de ter ensinado a justiça no mundo todo e chegado
até os confins do Ocidente, padeceu o martírio diante das
autoridades. Assim, deixou o mundo e atingiu a glória,
tornando-se o mais ilustre exemplo de paciência.
Responsório 2Cor 4,11; 1Cor 4,9
R. Pois nós, que vivemos,
estamos sempre entregues à morte
por amor de Jesus,
* Para que também a vida de Jesus se manifeste em nossa
carne mortal.
V. Porque tenho para mim que Deus a nós, apóstolos,
nos pôs
por últimos, como condenados à morte;
pois somos feitos
espetáculo ao mundo,
tanto a anjos como a homens.
* Para que também.OraçãoDeus
eterno e todo-poderoso, que governais o céu e a terra, escutai com
bondade as preces do vosso povo e dai ao nosso tempo a vossa paz. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.