Ofício das Leituras
V. Vinde, ó Deus em
meu auxílio.
R. Socorrei-me sem
demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Esta introdução se omite quando o Invitatório precede imediatamente ao Ofício das Leituras.
Hino
Senhor, a vós cantamos
um hino de louvor,
louvando o vosso santo
perfeito servidor
Fiel seguiu a Cristo,
deixando as alegrias,
riquezas e prazeres
que o mundo oferecia.
Humilde, obediente,
a vós se consagrou;
do corpo a castidade
por Cristo conservou.
Buscou a vossa glória,
unido a vós somente,
com todo o ser entregue
do amor ao fogo ardente.
A vós na terra preso
por grande caridade,
no céu, feliz, triunfa
por toda a eternidade.
Seguindo o seu exemplo,
possamos caminhar
e um dia, a vós, Trindade,
louvor sem fim cantar.
Ant. 1 A vida ele pediu, e vós lhe
destes;
de esplendor e majestade o revestistes.
Salmo 20(21),2-8.14
–2 Ó Senhor, em vossa força o rei se
alegra; *
quanto exulta de alegria em vosso auxílio!
–3 O que sonhou seu
coração, lhe concedestes; *
não recusastes os pedidos de seus lábios.
–4 Com bênção generosa o
preparastes; *
de ouro puro coroastes sua fronte.
–5 A vida ele pediu e vós
lhe destes, *
longos dias, vida longa pelos séculos.
–6 É grande a sua glória em vosso
auxílio; *
de esplendor e majestade o revestistes.
–7 Transformastes o seu
nome numa bênção, *
e o cobristes de alegria em vossa face. –
–8 Por isso o rei confia no Senhor, *
e por seu amor fiel não cairá,
–14 Levantai-vos com poder,
ó Senhor Deus, *
e cantaremos celebrando a vossa força!
– Glória ao Pai e
ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. A vida ele pediu, e vós lhe
destes;
de esplendor e majestade o revestistes.
Ant. 2 O caminho do justo é uma luz a
brilhar:
vai crescendo da aurora até o dia mais pleno.
Salmo 91(92)
I
–2
Como é bom agradecermos ao Senhor *
e cantar salmos de louvor ao Deus Altíssimo!
–3 Anunciar pela manhã
vossa bondade, *
e o vosso amor fiel, a noite inteira,
–4 ao som da lira de dez
cordas e da harpa, *
com canto acompanhado ao som da cítara.
–5 Pois me alegrastes, ó Senhor, com
vossos feitos, *
e rejubilo de alegria em vossas obras.
–6 Quão imensas, ó Senhor,
são vossas obras, *
quão profundos são os vossos pensamentos!
–7 Só o homem insensato não entende, *
só o estulto não percebe nada disso!
–8 Mesmo que os ímpios
floresçam como a erva, *
ou prosperem igualmente os malfeitores,
– são destinados a perder-se para sempre. *
9 Vós, porém, sois o Excelso
eternamente!
– Glória ao Pai e
ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. O caminho do justo é uma luz a
brilhar:
vai crescendo da aurora até o dia mais pleno.
Ant. 3 O homem justo crescerá como a
palmeira,
florirá igual ao cedro que há no Líbano.
II
=10
Eis que os vossos inimigos, ó Senhor, †
eis que os vossos inimigos vão perder-se, *
e os malfeitores serão todos dispersados.
–11 Vós me destes toda a força de um
touro, *
e sobre mim um óleo puro derramastes;
–12 triunfante, posso olhar
meus inimigos, *
vitorioso, escuto a voz de seus gemidos.
–13 O justo crescerá como a palmeira, *
florirá igual ao cedro que há no Líbano;
–14 na casa do Senhor estão
plantados, *
nos átrios de meu Deus florescerão.
–15 Mesmo no tempo da velhice darão
frutos, *
cheios de seiva e de folhas verdejantes;
–16 e dirão: “É justo mesmo
o Senhor Deus: *
meu Rochedo, não existe nele o mal!”
– Glória ao Pai e
ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. O homem justo crescerá como a
palmeira,
florirá igual ao cedro que há no Líbano.
V. O Senhor conduz o justo em seu caminho.
R. E lhe revela os segredos do seu reino.
Primeira leitura
Da Carta de São Paulo aos Colossenses 3,1-17
A vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus
Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; 2aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. 4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.
5Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria. 6Tais coisas provocam a ira de Deus contra os que lhe resistem. 7Antigamente vós estáveis enredados por estas coisas e vos deixastes dominar por elas. 8Agora, porém, abandonai tudo isso: ira, irritação, maldade, blasfêmia, palavras indecentes, que saem dos vossos lábios. 9Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir 10e vos revestistes do homem novo, que se renova segundo a imagem do seu Criador, em ordem ao conhecimento. 11Aí não se faz distinção entre grego e judeu, circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos.
12Vós sois amados por Deus, sois os seus santos eleitos.Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. 14Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição. 15Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos.
16Que a palavra de Cristo, com toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e cânticos espirituais, em ação de graças. 17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai.
Responsório Gl 3,27-28; Ef 4,24
R. No Cristo batizados,
revestimo-nos de Cristo.
Já não há judeu nem grego,
* Todos nós somos um só em Jesus
Cristo, Senhor nosso.
V. Revesti-vos do homem novo que,
à imagem do Senhor,
foi criado na justiça e
santidade verdadeira. * Todos nós.
Segunda leitura
Da Legenda sobre a origem da Ordem dos Servos de Maria
(Monumenta Ord. Serv. B. Mariae Virginis, 1,3.5.6.9.11, pp. 71ss)
(Séc. XIV)
Louvemos os homens gloriosos
Houve sete homens, dignos de reverência e de honra, que Nossa Senhora
reuniu como sete estrelas, para dar início com a sua fraterna união de
alma e de corpo, à Ordem sua e de seus servos.
Quando entrei para nossa Ordem, já não encontrei vivo nenhum deles, com
exceção do Irmão Aleixo. Foi do agrado de Nossa Senhora preservá-lo da
morte corporal até os nossos dias, para que pudéssemos obter, por seu
intermédio, informações sobre a origem de nossa Ordem. Como pude
verificar por experiência e com meus próprios olhos, a vida desse Irmão
Aleixo não apenas servia de exemplo a todos que o rodeavam, mas também
era um testemunho vivo do estado de perfeição e profunda religiosidade
com que ele e seus companheiros tinham iniciado a mencionada Ordem.
Do modo de vida desses sete homens, antes de terem iniciado a vida em comum, quero realçar quatro aspectos.
Em primeiro lugar, com relação à Igreja. Alguns deles, por estarem
decididos a guardar virgindade ou castidade perfeita, não se casaram;
outros já estavam ligados pelo vínculo do matrimônio; outros, enfim,
eram viúvos.
Em segundo lugar, com relação ao serviço da sociedade civil. Eram todos
negociantes, e compravam e vendiam bens terrenos. Mas quando descobriram
a pérola preciosa, isto é, a nossa Ordem, não só deram aos pobres tudo o
que possuíam, mas entregaram-se a si mesmos a Deus e à Senhora para
servi-los com toda a alegria e fidelidade.
O terceiro aspecto diz respeito à veneração e culto de Nossa Senhora. Em
Florença, havia uma certa irmandade, fundada já há muito tempo, em
honra da Virgem Maria; por sua antiguidade, pelo número de seus membros e
pela santidade dos homens e mulheres que dela faziam parte, tinha
posição de destaque no meio das outras irmandades; e por isso era
chamada “Companhia de Nossa Senhora”. Dela também faziam parte os sete
homens como membros especialmente devotos de Nossa Senhora, antes de se
reunirem em comunidade.
O quarto aspecto diz respeito à perfeição de suas almas. Amavam a Deus
sobre todas as coisas; e dirigindo para ele tudo o que faziam como sendo
de justiça, honravam-no por pensamentos, palavras e ações.
Depois que, por inspiração divina, decidiram com firme propósito viver
em comum – estimulados de modo particular por Nossa Senhora – dispuseram
de suas casas e famílias, deixando a estas o necessário, e distribuíram
o resto entre os pobres. Foram, contudo, procurar homens sensatos e de
vida exemplar aos quais confiaram seu projeto.
Subiram ao monte Senário e, em cima, construíram uma pequena casa onde
foram morar juntos. Ali começaram a pensar não só na própria
santificação, mas também na possibilidade de aceitar outros membros e
fazer crescer a nova Ordem, que Nossa Senhora havia começado por meio
deles. Por isso, trataram de acolher novos irmãos, recebendo alguns que
queriam viver com eles. E assim deram início à nossa Ordem. É
principalmente a Nossa Senhora que se deve este empreendimento, fundado
na humildade de nossos irmãos, construído na sua concórdia e conservado
na pobreza.
Responsório At 4,32; 2,46b-47a
R. A multidão dos fiéis era um só coração, era uma só alma.
* Nenhum deles dizia ser seu o que tinha,
mas tudo era posto em comum entre eles.
V. Tomavam comida, com muita alegria,
e com simplicidade de seu coração;
louvavam a Deus e eram benquistos por todo o povo.
* Nenhum.
Oração
Inspirai-nos, ó Deus, a profunda piedade dos Fundadores dos Servitas, que se distinguiram pela devoção à Virgem Maria e a vós conduziram o vosso povo. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Demos graças a Deus.