16o DOMINGO DO TEMPO COMUM
IV Semana do Saltério
Ofício das Leituras
Primeira leitura
Início da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 1,1-14
Ação de graças no meio das tribulações1Paulo, apóstolo de Jesus
Cristo por vontade de Deus e o irmão Timóteo, à Igreja de Deus que está
em Corinto e a todos os santos que se encontram em toda a Acaia: 2para
vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
3Bendito seja o Deus e Pai
de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda
consolação. 4Ele nos consola em todas as nossas aflições,
para que, com a consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos
consolar os que se acham em toda e qualquer aflição. 5Pois,
à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a
nossa consolação por Cristo. 6Se estamos em aflições, é
para a vossa consolação e salvação; se somos consolados, é para a vossa
consolação. E essa consolação sustenta a vossa paciência em meio aos
mesmos sofrimentos que nós também padecemos. 7E a nossa
esperança a vosso respeito é firme, pois sabemos que, assim como
participais dos nossos sofrimentos, participais também da nossa
consolação.
8Com efeito, irmãos,
desejamos que tomeis conhecimento da tribulação que nos sobreveio na
Ásia: Fomos oprimidos tão acima das nossas forças, que chegamos a
perder toda a esperança de escapar com vida. 9De fato,
experimentamos, em nós mesmos, a angústia de estarmos condenados à
morte. Assim, aprendemos a não confiar em nós mesmos, mas a confiar
somente em Deus que ressuscita os mortos. 10Ele nos livrou,
e continuará a livrar-nos, de um tão grande perigo de morte. Nele temos
firme esperança de que nos livrará ainda, em outras ocasiões.
11Vós também nos ajudareis
com as vossas preces em nossa intenção, de tal maneira que a
graça que alcançamos com a ajuda de tantas pessoas seja agradecida por
muitos, em nosso favor.
12Pois a nossa glória é
esta: o testemunho da nossa consciência. Com efeito, nós nos temos
comportado, com todo o mundo e principalmente convosco, com a santidade
e pureza que vêm de Deus, apoiados sempre na graça de Deus e nunca numa
sabedoria meramente humana. 13Aliás, não vos estamos
escrevendo coisas diferentes daquelas que já estais acostumados a ler e
que bem conheceis. Espero que reconhecereis perfeitamente, 14como
em parte já reconhecestes, que nós somos motivo de glória para vós,
como vós sereis também motivo de glória para nós, no dia de nosso
Senhor, Jesus.
Responsório Sl 93(94),18b-19; 2Cor 1,5
R. Vosso
amor me sustenta, Senhor,
* Quando o meu coração se angustia,
consolais e alegrais minha alma.
V. Como são grandes em nós os sofrimentos de Cristo,
assim é grande o consolo, por meio de Cristo.
* Quando o meu.
Segunda leitura
Início da Carta aos Magnésios, de Santo Inácio de Antioquia, bispo e
mártir
(Nn. 1,1-5,2: Funk 1,191-195)(Séc. I)
Convém sermos cristãos não só de nome, mas de fatoInácio, chamado também o Teóforo, à
Igreja, santa pela graça de Deus Pai em Jesus Cristo, nosso salvador.
Nele saúdo esta Igreja que está em Magnésia, junto ao Meandro, e
desejo-lhe em Deus Pai e em Jesus Cristo plena salvação.
Tomando conhecimento de vossa
religiosa caridade perfeitamente ordenada, decidi, na exultação da fé
de Jesus Cristo, vir falar convosco. Ornado com o nome mais glorioso
nas cadeias que carrego, louvo as Igrejas. A elas desejo a união com a
carne e o espírito de Jesus Cristo, nossa Vida sem fim, e a união na fé
e na caridade. Nada há de preferível a isto, sobretudo a união com
Jesus e o Pai; nele suportamos toda a violência do príncipe deste
mundo, dele escapamos e, assim, alcançamos a Deus.
Foi-me concedido o favor de vos
encontrar através de Damas, vosso bispo, digno de Deus, e dos
presbíteros Basso e Apolônio e também do meu companheiro de serviço, o
diácono Zócion. Possa eu com ele conviver, porque é submisso ao bispo
como à benignidade de Deus e ao presbitério como à lei de Jesus Cristo.
Contudo, não vos convém usar de
excessiva familiaridade para com o bispo por causa de sua idade, mas em
consideração ao poder de Deus Pai, mostrar-lhe todo o respeito. Como
soube, os santos presbíteros não abusam da notável juventude dele, mas
prudentes em Deus, obedecem-lhe. Ou melhor, obedecem não a ele, mas ao
Pai de Jesus Cristo, o bispo de todos. Por isso, em honra daquele que
nos ama, faz-se mister obedecer sem hipocrisia, pois não é a este bispo
visível que alguém ilude, mas é ao invisível que tenta enganar. Tudo
quanto se faz neste sentido não se refere à carne, mas a Deus que
conhece todo o oculto.
Convém, então, sermos cristãos não só
de nome, mas de fato. Ora, há quem tenha o nome do bispo na boca,
porém, tudo faz sem ele. Estes tais não me parecem possuir consciência
reta, porque não se reúnem com lealdade, segundo o preceito.
Tudo terá um fim. Mas dois termos nos
são propostos: a morte e a vida. Com efeito, cada um de nós irá para o próprio lugar. À semelhança de duas moedas, uma de Deus,
outra do mundo, também cada qual tem a própria marca inscrita. Assim,
os infiéis têm a marca deste mundo, enquanto os fiéis na caridade têm a
marca de Deus Pai por Jesus Cristo. Se nossa vontade não estiver
inclinada a morrer por ele, à imitação de sua paixão, também sua vida
não estará em nós.
Responsório 1Tm 4,12b.16.b.15
R. Sê exemplo
aos fiéis nas palavras, na conduta,
no amor, fé e pureza.
* Assim te salvarás e salvarás os que te ouvem.
V. Reflete sobre isso e persevera nessas coisas.
Seja a todos conhecido teu progresso espiritual.
* Assim.
Te Deum
em latim
(A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)
A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.
A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!
Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,
Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.
A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,
e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.
Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.
Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.
Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.
Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.
Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.
(A parte que se segue pode ser omitida, se for
oportuno).
Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.
Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.
Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.
Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.
Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!
Oração
Ó Deus, sede generoso para com os vossos filhos e filhas e multiplicai
em nós os dons da vossa graça, para que, repletos de fé, esperança e
caridade, guardemos fielmente os vossos mandamentos. Por nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.