Ant.1
Nossos pais nos transmitiram as grandezas,
os prodígios do Senhor e seu poder.
Salmo 77(78),1-39
A bondade de Deus e a
infidelidade do
povo
ao longo da história da Salvação
Esses
fatos aconteceram para serem exemplos para nós (1Cor 10,6).
I
–1 Escuta,
ó meu povo, a minha Lei, *
ouve atento as palavras que eu te digo;
–2 abrirei
a minha boca em parábolas, *
os mistérios do passado lembrarei.
–3 Tudo aquilo
que ouvimos e aprendemos, *
e transmitiram para nós os nossos pais,
–4 não haveremos
de ocultar a nossos filhos, *
mas à nova geração nós contaremos:
– As
grandezas do Senhor e seu poder, *
as maravilhas que por nós realizou;
–5 um preceito
em Jacó ele ordenou, *
uma lei instituiu em Israel.
– Ele
havia ordenado a nossos pais *
que ensinassem estas coisas a seus filhos,
–6 para que a nova
geração as conhecesse *
e os filhos que haveriam de nascer.
– Levantem-se
e as contem a seus filhos, *
7 para que ponham
no Senhor sua esperança;
– das
obras do Senhor não se esqueçam, *
e observem fielmente os seus preceitos.
–8 Nem se tornem,
a exemplo de seus pais, *
rebelde e obstinada geração,
– uma
raça de inconstante coração, *
infiel ao Senhor Deus, em seu espírito.
–9 Os filhos
de Efraim, hábeis no arco, *
no dia do combate debandaram;
–10 não guardaram
a Aliança do Senhor, *
recusaram-se a andar na sua Lei.
–11 Esqueceram
os seus feitos gloriosos *
e os prodígios que outrora lhes mostrara;
–12 na presença
de seus pais fez maravilhas, *
no lugar chamado Tânis, lá no Egito.
–13 Rasgou o mar
e os conduziu através dele, *
levantando as suas águas como um dique;
–14 durante o dia
orientou-os pela nuvem, *
e de noite por um fogo esplendoroso.
–15 Rochedos
no deserto ele partiu *
e lhes deu para beber águas correntes;
–16 fez brotar
água abundante do rochedo, *
e a fez correr como torrente no deserto.
Ant. Nossos pais
nos transmitiram as grandezas,
os prodígios do Senhor e seu poder.
Ant.2
Eles comeram o maná vindo do céu,
beberam água de uma rocha espiritual.
II
–17 Mas pecaram
contra ele sempre mais, *
provocaram no deserto o Deus Altíssimo;
–18 e tentaram
o Senhor nos corações, *
exigindo alimento à sua gula.
–19 Falavam
contra Deus e assim diziam: *
“Pode o Senhor servir a mesa no deserto?”
–20 Eis que fere
os rochedos num momento *
e faz as águas transbordarem em torrentes.
–
“Mas será também capaz de dar-nos pão, *
e a seu povo poderá prover de carne?”
=21 A tais palavras,
o Senhor ficou irado, †
uma fogueira se ateou contra Jacó, *
e sua ira se acendeu contra Israel;
–22 porque não creram
no Senhor Deus de Israel, *
nem tiveram confiança em sua ajuda.
–23 Ordenou,
então, às nuvens lá dos céus, *
e as comportas das alturas fez abrir;
–24 fez chover-lhes
o maná e alimentou-os, *
e lhes deu para comer o pão do céu.
–25 O homem
se nutriu do pão dos anjos, *
e mandou-lhes alimento em abundância;
–26 fez soprar
o vento leste pelos céus *
e fez vir, por seu poder, o vento sul.
–27 Fez chover carne
para eles como pó, *
choveram aves como areia do oceano;
–28 elas caíram
sobre os seus acampamentos *
e pousaram ao redor de suas tendas.
–29 Eles comeram
e beberam à vontade; *
o Senhor satisfizera os seus desejos.
–30 Mal, porém,
se tinham eles saciado, *
e a comida ainda estava em suas bocas,
=31 inflamou-se
a sua ira contra eles †
e matou os mais robustos entre o povo, *
abatendo a fina flor de Israel.
Ant. Eles comeram
o maná vindo do céu,
beberam água de uma rocha espiritual.
Ant.3
Recordemos que o Senhor é nossa Rocha
e que o nosso Redentor é o Deus Altíssimo!
III
–32 Com tudo isso,
eles pecaram novamente, *
não deram fé às maravilhas do Senhor.
–33 Foram seus dias
consumidos como um sopro, *
e seus anos bem depressa se encurtaram.
–34 Quando os feria,
eles então o procuravam, *
convertiam-se correndo para ele;
–35 recordavam
que o Senhor é sua rocha *
e que Deus, seu Redentor, é o Deus Altíssimo.
–36 Mas apenas
o honravam com seus lábios *
e mentiam ao Senhor com suas línguas;
–37 seus corações
enganadores eram falsos *
e, infiéis, eles rompiam a Aliança.
–38 Mas o Senhor,
sempre benigno e compassivo, *
não os matava e perdoava seu pecado;
–
quantas vezes dominou a sua ira *
e não deu largas à vazão de seu furor.
–39 Recordava-se
que eles eram carne, *
sopro que passa e jamais torna a voltar.