13a SEMANA DO TEMPO COMUMI Semana do SaltérioQUARTA-FEIRAOfício das LeiturasPrimeira leitura
Do Livro de Neemias
9,1-2.5-21
Liturgia penitencial. Oração dos levitas
1No vigésimo quarto dia desse mês, os filhos de Israel,
revestidos de pano de saco e com a cabeça coberta de
pó, reuniram-se para um jejum. 2A linhagem de Israel
separou-se de todas as pessoas de origem estrangeira: de
pé, confessaram seus pecados e as iniquidades de seus pais.
5E os levitas, Josué, Cadmiel, Bani, Hasabneias, Serebias,
Hodias, Sebanias, Fetaías disseram:
“Levantai-vos, bendizei o Senhor vosso Deus!”
Bendito sejas tu, Senhor, nosso Deus,
de eternidade em eternidade!
E que se bendiga teu Nome glorioso
que excede toda bênção e louvor!
6És tu, Senhor, que és o único!
Fizeste os céus dos céus e todo o seu exército,
a terra e tudo o que ela contém,
os mares e tudo o que eles encerram.
A tudo isso és tu que dás vida,
e o exército dos céus diante de ti se prostra.
7Tu és Senhor, ó Deus,
tu escolheste Abrão,
o tiraste de Ur na Caldeia
e lhe deste o nome de Abraão.
8Achando seu coração fiel diante de ti,
fizeste aliança com ele,
para dar-lhe a terra do cananeu,
do heteu e do amorreu,
do ferezeu, do jebuseu e do gergeseu,
a ele e a sua posteridade.
E cumpriste as tuas promessas, pois tu és justo.
9Viste a aflição de nossos pais no Egito,
ouviste seu grito junto ao mar dos Juncos.
10Realizaste sinais e prodígios contra o faraó,
contra todos os seus servos e todo o povo da sua terra;
pois sabias quão arrogantes tinham sido contra eles.
Adquiriste um renome que dura ainda hoje.
11Abriste o mar diante deles:
passaram pelo meio do mar a pé enxuto.
Precipitaste nos abismos seus perseguidores,
como uma pedra em águas impetuosas.
12Tu os guiaste de dia com uma coluna de nuvem,
de noite com uma coluna de fogo,
para iluminar diante deles o caminho
pelo qual andassem.
13Desceste sobre o monte Sinai,
e do céu lhes falaste;
e lhes deste normas justas, leis verdadeiras,
estatutos e mandamentos excelentes;
14deste-lhes a conhecer teu santo sábado;
prescreveste-lhes mandamentos, estatutos e uma Lei
por intermédio de Moisés, teu servo.
15Do céu lhes deste o pão para sua fome,
do rochedo fizeste brotar água para sua sede.
Ordenaste-lhes que fossem
tomar posse da terra
que havias jurado dar-lhes.
16Mas nossos pais se orgulharam,
endureceram a cerviz, não obedeceram
aos teus mandamentos.
17Recusaram-se a obedecer, esquecidos das maravilhas
que havias feito por eles;
endureceram a cerviz, conceberam o plano
de volta para o Egito, para sua escravidão.
Mas tu és o Deus do perdão,
cheio de piedade e compaixão,
lento para a cólera e cheio de amor:
não os abandonaste!
18Mesmo quando fizeram para si
um bezerro de metal fundido,
e disseram: “Eis o teu Deus
que te fez sair do Egito!”,
e cometeram grandes impiedades,
19na tua imensa compaixão,
não os abandonaste no deserto;
a coluna de nuvem não se apartou deles,
para guiá-los de dia pela estrada,
nem a coluna de fogo durante a noite,
para iluminar diante deles a estrada
pela qual andassem.
20Deste-lhes teu bom espírito para torná-los prudentes;
não recusaste o maná à sua boca
e lhes deste água para sua sede.
21Por quarenta anos cuidaste deles no deserto:
de nada sentiram falta,
suas vestes não se estragaram,
seus pés não se incharam.
Responsório Ne 9,1.2.16-17
R. Vestidos de sacos, e com a cabeça coberta de pó,
os israelitas reuniram-se para um jejum,
e apresentaram-se para
confessar seus pecados
e as iniquidades de seus pais.
* Mas vós sois um Deus sempre pronto ao perdão,
clemente
e compassivo,
vagaroso em encolerizar-se e rico em bondade,
e assim não os abandonastes.
V. Mas os nossos pais, em seu orgulho, endureceram a cerviz,
e não observaram os vossos mandamentos.
* Mas vós.
Segunda leitura
Do tratado “Sobre a unidade da Igreja Católica” de São
Cipriano, bispo e mártir
(Nn. 12-14)
(Séc. III)
Cristo nos doou a paz e nos ordenou
a ser um só coração e uma só alma.
O Senhor, quando recomendou aos seus discípulos a
união e a paz, disse: Em verdade vos digo: Se dois de vós,
na terra, estiverem de acordo sobre qualquer coisa que
quiserem pedir, meu Pai que está nos céus a concederá.
Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu
estou ali, no meio deles (Mt 18,19-20). Demonstra, dessa
maneira, que não é atribuído valor ao número, mas sim
à concórdia dos suplicantes. Se dois de vós estiverem de
acordo: dispôs, como primeira condição, a unanimidade, deu
prioridade à concórdia da paz, ensinando com constância e
firmeza o que é conveniente para nós. Mas como pode estar
de acordo com o outro quem não o está com todo o corpo
da Igreja e com todos os irmãos? Como podem se unir em
nome de Jesus dois ou três que estão separados de Cristo e
do seu Evangelho? Pois não nos separamos deles, mas eles
de nós; e quando, em seguida, apareceram heresias e cismas
e se formaram congregações separadas, abandonou-se o
princípio e a origem da verdade.
O Senhor fala de Sua Igreja àqueles que estão na Igreja,
proclamando que, se estiverem de acordo, conforme a Sua
prescrição e o Seu ensinamento, mesmo que sejam apenas
dois ou três reunidos em oração comum, poderão obter, da
majestade de Deus, o que eles pedem: Onde dois ou três
estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio
deles. Proclamou, isto é, que ficaria com os simples e os
pacíficos, com aqueles que temem a Deus e guardam os
Seus mandamentos, mesmo que sejam dois ou três, como
ficou com os três jovens na fornalha ardente. Visto que eram
simples com Deus e unidos entre si, quando ficaram em
meio às chamas, Ele os refrescou com um vento repleto de
orvalho (cf. Dn 3,50). Da mesma forma, veio ao encontro
dos dois apóstolos encarcerados, e visto que eram simples
e animados pelos mesmos sentimentos, Ele, abertas as
portas da prisão, levou-os de volta em meio às pessoas,
para que ensinassem ao povo as palavras que tinham a
tarefa de pregar fielmente. Quando, portanto, nos seus
ensinamentos disse: Onde dois ou três estiverem reunidos
em meu nome, eu estou ali, no meio deles, não quis separar
da Igreja alguns homens, Ele que fundou e criou a Igreja;
mas, repreendendo a discórdia dos pérfidos e aconselhando,
com as suas palavras, a paz aos fiéis, queria mostrar que Ele
prefere estar com dois ou três que oram em conjunto a estar
com uma multidão de dissidentes, e que pode obter mais
facilmente a súplica concorde de alguns do que a oração
discordante de muitos.
Por isso, quando Ele nos ensinou a rezar, acrescentou
estas palavras: Quando estiverdes orando, se tendes alguma
coisa contra alguém, perdoai, para que também vosso Pai
que está no céu vos perdoe as vossas ofensas (Mc 11,25).
Aquele que vem na discórdia oferecer o sacrifício, Ele o
chama ao altar e lhe ordena a se reconciliar, primeiramente,
com seu irmão, para depois, em paz, fazer também a sua
oferta a Deus.
Cristo nos deixou a paz, nos pediu para permanecer
unidos e unânimes nos sentimentos, nos ordenou a manter
incontaminados e intactos os laços do amor.
Responsório Mt 18,19-20; 2Cr 7,15
R. Se dois de vós, na terra,
estiverem de acordo sobre
qualquer coisa que quiserem pedir,
meu Pai que está no
céu a concederá.
* Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome,
eu estarei ali, no meio deles.
V. Meus olhos estarão abertos
e os ouvidos atentos à oração
feita neste lugar.
* Pois onde.OraçãoÓ
Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos da luz. Concedei que não
sejamos envolvidos pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas vidas a
luz da vossa verdade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.