Ant. Do lado do Senhor crucificado,
depois de aberto pela lança do soldado,
logo saiu sangue e água para remir-nos.
Cântico I Jr 14,17-21
Lamentação em tempo de fome e de guerra
O
Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho! (Mc 1,15).
–17 Os
meus olhos, noite e dia, *
chorem lágrimas sem fim;
= pois sofreu
um golpe horrível, †
foi ferida gravemente *
a virgem filha do meu povo!
–18
Se eu saio para os campos, *
eis os mortos à espada;
– se eu entro
na cidade, *
eis as vítimas da fome!
= Até o profeta
e o sacerdote †
perambulam pela terra *
sem saber o que se passa.
–19
Rejeitastes, por acaso, *
a Judá inteiramente?
– Por acaso
a vossa alma *
desgostou-se de Sião?
– Por que feristes vosso povo *
de um mal que não tem cura?
– Esperávamos
a paz, *
e não chegou nada de bom;
– e o tempo
de reerguer-nos, *
mas só vemos o terror!
=20
Conhecemos nossas culpas †
e as de nossos ancestrais, *
pois pecamos contra vós!
– Por amor
de vosso nome, *
ó Senhor, não nos deixeis!
– 21
Não deixeis que se profane *
vosso trono glorioso!
– Recordai-vos,
ó Senhor! *
Não rompais vossa Aliança!
Cântico II Ez 36,24-28
Deus renovará o seu povo
Eles
serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles (Ap 21,3).
= 24
Haverei de retirar-vos do meio das nações, †
haverei de reunir-vos de todos os países, *
e de volta eu levarei todos vós à vossa terra.
= 25
Haverei de derramar sobre vós uma água pura, †
e de vossas imundícies sereis purificados; *
sim, sereis purificados de toda a idolatria.
= 26
Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração; †
tirarei de vosso peito este coração de pedra, *
no lugar colocarei novo coração de carne.
= 27
Haverei de derramar meu Espírito em vós †
e farei que caminheis obedecendo a meus preceitos, *
que observeis meus mandamentos e
guardeis a minha Lei.
= 28
E havereis de habitar aquela terra prometida, †
que nos tempos do passado eu doei a vossos pais, *
e sereis sempre o meu povo e eu serei o vosso Deus!
Cântico III Lm 5,1-7.15-17.19-21
Oração na tribulação
Em
toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para
que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa frágil natureza (2Cor 4,10).
– 1
Senhor, lembrai-vos do que nos sucedeu, *
olhai e vede a nossa humilhação!
– 2
Nossa herança ficou com
estrangeiros, *
nossas casas passaram a mãos
estranhas!
– 3
Somos órfãos, pois já não temos pai,
*
nossas mães se tornaram quais
viúvas!
– 4
Nossa água, compramos por dinheiro,
*
nossa lenha nos custa um alto preço!
– 5
Perseguidos, com a canga no pescoço,
*
sem repouso, estamos esgotados!
– 6
Ao Egito e à terra dos Assírios *
estendemos a mão para ter pão.
– 7
Pecaram os pais, já não existem; *
levamos as culpas dos seus crimes.
– 15
A alegria fugiu dos corações, *
converteu-se em luto a nossa dança!
– 16
A coroa caiu-nos da cabeça, *
infelizes de nós, porque pecamos!
– 17
Amargurou-se o nosso coração, *
nossos olhos estão anuviados!
– 19
Ó Senhor, vós reinais eternamente, *
vosso trono perdura para sempre!
– 20
Por que persistir em esquecer-nos? *
Por que, para sempre, abandonar-nos?
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Do lado do Senhor crucificado,
depois de aberto pela lança do soldado,
logo saiu sangue e água para remir-nos.
Evangelho
Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus
27,1-2.11-56
Tu és o rei dos judeus?
1 De
manhã cedo, todos os sumos sacerdotes e os anciãos do povo convocaram um
conselho contra Jesus, para condená-lo à morte. 2
Eles o amarraram, levaram-no e o entregaram a Pilatos, o governador.
11
Jesus foi posto diante do governador, e este o interrogou: “Tu és o rei dos
judeus?” Jesus declarou: “É como dizes”, 12
e nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13 Então Pilatos perguntou: “Não estás ouvindo
de quanta coisa eles te acusam?” 14
Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito
impressionado.
15 Na
festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão
quisesse. 16 Naquela ocasião, tinham
um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17
Então Pilatos perguntou à multidão reunida: “Quem vós quereis que eu solte:
Barrabás, ou Jesus, a quem chamam de Cristo?” 18
Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja.
19
Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
“Não te envolvas com esse justo! porque esta noite, em sonho, sofri muito por
causa dele.” 20 Porém, os sumos
sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e
que fizessem Jesus morrer. 21 O
governador tornou a perguntar: “Qual dos dois quereis que eu solte?” Eles
gritaram: “Barrabás.” 22 Pilatos
perguntou: “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?” Todos gritaram: “Seja
crucificado!” 23 Pilatos falou: “Mas,
que mal ele fez?” Eles, porém, gritaram com mais força: “Seja crucificado!”
24
Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou
trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse: “Eu não sou responsável
pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!” 25 O povo todo respondeu: “Que o sangue dele
caia sobre nós e sobre os nossos filhos”. 26
Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser
crucificado.
Salve, rei dos judeus!
27 Em
seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador, e
reuniram toda a tropa em volta dele. 28
Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; = 29 depois teceram uma coroa de espinhos, puseram
a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam
diante de Jesus e zombaram, dizendo: “Salve, rei dos judeus!” 30 Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na
sua cabeça. 31 Depois de zombar dele,
tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com suas próprias roupas.
Daí o levaram para crucificar.
Com ele crucificaram dois ladrões
32
Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o
obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33
E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar de caveira”. 34 Ali deram vinho misturado com fel para Jesus
beber. Ele provou, mas não quis beber. 35
Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas
vestes. 36 E ficaram ali sentados,
montando guarda. 37 Acima da cabeça
de Jesus puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus.”
Se és o Filho de Deus, desce da cruz!
39 As
pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: 40 “Tu que ias destruir o Templo e construí-lo
de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da
cruz!” 41 Do mesmo modo, os sumos
sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombaram de Jesus:
42 “A outros salvou... a si mesmo não
pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43 Confiou em Deus; que o livre agora, se é que
Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus.” 44 Do mesmo modo, também os dois ladrões que
foram crucificados com Jesus o insultavam.
Eli, Eli, lamá sabactâni?
45
Desde o meio-dia até às três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a
terra. 46 Pelas três horas da tarde,
Jesus deu um forte grito: “Eli, Eli, lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu
Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 47
Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram: “Ele está chamando Elias!” 48 E logo um deles, correndo, pegou uma esponja,
ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. 49 Outros, porém, disseram: “Deixa, vamos ver se
Elias vem salvá-lo!” 50 Então Jesus
deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.
Aqui
todos se ajoelham, permanecendo assim por algum tempo.
51 E
eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a
terra tremeu e as pedras se partiram. 52
Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! 53 Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de
Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. 54 O oficial e os soldados que estavam com ele
guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram
com muito medo e disseram: “Ele era mesmo Filho de Deus!”
Ou,
à escolha:
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Marcos
15,1-41
Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?
1Logo
pela manhã, os sumos sacerdotes, com os anciãos, os mestres da Lei e todo o
Sinédrio, reuniram-se e tomaram uma decisão. Levaram Jesus amarrado e o
entregaram a Pilatos. 2 E Pilatos o
interrogou: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus respondeu: “Tu o dizes.” 3E os sumos sacerdotes faziam muitas acusações
contra Jesus. 4 Pilatos o interrogou
novamente: “Nada tens a responder? Vê de quanta coisa te acusam!” 5 Mas Jesus não respondeu mais nada, de modo que
Pilatos ficou admirado.
6 Por
ocasião da Páscoa, Pilatos soltava o prisioneiro que eles pedissem. 7 Havia então um preso, chamado Barrabás, entre
os bandidos, que, numa revolta, tinha cometido um assassinato. 8 A multidão subiu a Pilatos e começou a pedir
que ele fizesse como era costume. 9
Pilatos perguntou: “Vós quereis que eu solte o rei dos judeus?” 10 Ele bem sabia que os sumos sacerdotes haviam
entregado Jesus por inveja. 11 Porém,
os sumos sacerdotes instigaram a multidão para que Pilatos lhes soltasse
Barrabás. 12 Pilatos perguntou de
novo: “Que quereis então que eu faça com o rei dos Judeus?” 13 Mas eles tornaram a gritar: “Crucifica-o!” 14Pilatos perguntou: “Mas, que mal ele fez?”
Eles, porém, gritaram com mais força: “Crucifica-o!” 15 Pilatos, querendo satisfazer a multidão,
soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e o entregou para ser crucificado.
16
Então os soldados o levaram para dentro do palácio, isto é, o pretório, e
convocaram toda a tropa. 17 Vestiram
Jesus com um manto vermelho, teceram uma coroa de espinhos e a puseram em sua
cabeça. 18 E começaram a saudá-lo:
“Salve, rei dos judeus!” 19
Batiam-lhe na cabeça com uma vara. Cuspiam nele e, dobrando os joelhos,
prostravam-se diante dele. 20 Depois
de zombarem de Jesus, tiraram-lhe o manto vermelho, vestiram-no de novo com
suas próprias roupas e o levaram para fora, a fim de crucificá-lo.
Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota
21 Os
soldados obrigaram um certo Simão de Cirene, pai de Alexandre e de Rufo, que
voltava do campo, a carregar a cruz. 22
Levaram Jesus para o lugar chamado Gólgota, que quer dizer “Calvário”. 23 Deram-lhe vinho misturado com mirra, mas ele
não o tomou.
24
Então o crucificaram e repartiram as suas roupas, tirando a sorte, para ver que
parte caberia a cada um. 25 Eram nove
horas da manhã quando o crucificaram. 26
E ali estava uma inscrição com o motivo de sua condenação: “O Rei dos Judeus”. 27 Com Jesus foram crucificados dois ladrões, um
à direita e outro à esquerda. (28)
29 Os
que por ali passavam o insultavam, balançando a cabeça e dizendo: “Ah! Tu que
destróis o Templo e o reconstróis em três dias, 30
salva-te a ti mesmo, descendo da cruz!” 31
Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, com os mestres da Lei, zombavam entre si,
dizendo: “A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! 32 O Messias, o rei de Israel, que desça agora
da cruz, para que vejamos e acreditemos!” Os que foram crucificados com ele
também o insultavam.
Jesus deu um forte grito e expirou
33
Quando chegou o meio-dia, houve escuridão sobre toda a terra, até as três horas
da tarde. 34 Pelas três da tarde,
Jesus gritou com voz forte: “Eloi, Eloi, lamá sabactâni?”, que quer dizer: “Meu
Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 35
Alguns dos que estavam ali perto, ouvindo-o, disseram: “Vejam, ele está
chamando Elias!” 36 Alguém correu e
embebeu uma esponja em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu de
beber, dizendo: “Deixai! Vamos ver se Elias vem tirá-lo da cruz.” 37 Então Jesus deu um forte grito e expirou.
Aqui
todos se ajoelham e permanecem assim por algum tempo.
38
Neste momento a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes.
39
Quando o oficial do exército, que estava bem em frente dele, viu como Jesus
havia expirado, disse: “Na verdade, este homem era Filho de Deus!”
40
Estavam ali também algumas mulheres, que olhavam de longe; entre elas, Maria
Madalena, Maria, mãe de Tiago Menor e de Joset, e Salomé. 41 Elas haviam acompanhado e servido a Jesus
quando ele estava na Galiléia. Também muitas outras que tinham ido com Jesus a
Jerusalém, estavam ali.
Ou,
à escolha:
Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas
23,1-49
Não encontro neste homem nenhum crime
Naquele tempo: 1
Em seguida, toda a multidão se levantou e levou Jesus a Pilatos. 2 Começaram então a acusá-lo, dizendo: “Achamos
este homem fazendo subversão entre o nosso povo, proibindo pagar impostos a César
e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei.” 3
Pilatos o interrogou: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus respondeu, declarando:
“Tu o dizes!” 4 Então Pilatos disse
aos sumos sacerdotes e à multidão: “Não encontro neste homem nenhum crime.” “5 Eles, porém, insistiam: “Ele agita o povo,
ensinando por toda a Judéia, desde a Galiléia, onde começou, até aqui.”
6
Quando ouviu isto, Pilatos perguntou: “Este homem é galileu?” 7Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de
Herodes, Pilatos enviou-o a este, pois também Herodes estava em Jerusalém
naqueles dias.
Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo
8
Herodes ficou muito contente ao ver Jesus, pois havia muito tempo desejava
vê-lo. Já ouvira falar a seu respeito e esperava vê-lo fazer algum milagre. 9 Ele interrogou-o com muitas perguntas. Jesus,
porém, nada lhe respondeu. 10 Os
sumos sacerdotes e os mestres da Lei estavam presentes e o acusavam com
insistência. 11 Herodes, com seus
soldados, tratou Jesus com desprezo, zombou dele, vestiu-o com uma roupa
vistosa e mandou-o de volta a Pilatos. 12
Naquele dia Herodes e Pilatos ficaram amigos um do outro, pois antes eram
inimigos.
Pilatos entregou Jesus à vontade deles
13
Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes, os chefes e o povo, e lhes disse: 14 “Vós me trouxestes este homem como se fosse
um agitador do povo. Pois bem! Já o interroguei diante de vós e não encontrei
nele nenhum dos crimes de que o acusais; 15
nem Herodes, pois o mandou de volta para nós. Como podeis ver, ele nada fez
para merecer a morte. 16 Portanto,
vou castigá-lo e o soltarei. (17)
18
Toda a multidão começou a gritar: “Fora com ele! Solta-nos Barrabás!“ 19 Barrabás tinha sido preso por causa de uma
revolta na cidade e por homicídio.
20
Pilatos falou outra vez à multidão, pois queria libertar Jesus. 21 Mas eles gritavam: “Crucifica-o!
Crucifica-o!” 22 E Pilatos falou pela
terceira vez: “Que mal fez este homem? Não encontrei nele nenhum crime que
mereça a morte. Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.” 23 Eles, porém, continuaram a gritar com toda a
força, pedindo que fosse crucificado. E a gritaria deles aumentava sempre mais.
24 Então Pilatos decidiu que fosse
feito o que eles pediam. 25 Soltou o
homem que eles queriam – aquele que fora preso por revolta e homicídio – e
entregou Jesus à vontade deles.
Filhas de Jerusalém, não choreis por mim!
26
Enquanto levavam Jesus, pegaram um certo Simão, de Cirene, que voltava do
campo, e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus.
27
Seguia-o uma grande multidão do povo e de mulheres que batiam no peito e
choravam por ele. 28 Jesus, porém,
voltou-se e disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós
mesmas e por vossos filhos! 29 Porque
dias virão em que se dirá: ‘Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos, os
ventres que nunca deram à luz e os seios que nunca amamentaram’.
30
Então começarão a pedir às montanhas: ‘Caí sobre nós!’ e às colinas:
‘Escondei-nos!’ 31Porque, se fazem
assim com a árvore verde, o que não farão com a árvore seca?”
32
Levavam também outros dois malfeitores para serem mortos junto com Jesus.
Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!
33
Quando chegaram ao lugar chamado “Calvário”, ali crucificaram Jesus e os
malfeitores: um à sua direita e outro à sua esquerda. 34 Jesus dizia: “Pai, perdoa-lhes! Eles não
sabem o que fazem!”
Depois fizeram um sorteio, repartindo entre si
as roupas de Jesus. 35 O povo
permanecia lá, olhando. E até os chefes zombavam, dizendo: “A outros ele
salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!” 36 Os soldados também caçoavam dele;
aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, 37
e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” 38 Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei
dos Judeus.”
39 Um
dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo?
Salva-te a ti mesmo e a nós!” 40 Mas
o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma
condenação? 41 Para nós, é justo,
porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal.” 42 E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim,
quando entrares no teu reinado.” 43
Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no
Paraíso.”
Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito
44 Já
era mais ou menos meio-dia e uma escuridão cobriu toda a terra até às três
horas da tarde, 45 pois o sol parou
de brilhar. A cortina do santuário rasgou-se pelo meio, 46 e Jesus deu um forte grito: “Pai, em tuas
mãos entrego o meu espírito.” Dizendo isso, expirou.
Aqui
todos se ajoelham e permanecem assim por algum tempo.
47 O
oficial do exército romano viu o que acontecera e glorificou a Deus dizendo:
“De fato! Este homem era justo!” 48 E
as multidões, que tinham acorrido para assistir, viram o que havia acontecido,
e voltaram para casa, batendo no peito.
49
Todos os conhecidos de Jesus, bem como as mulheres que o acompanhavam desde a
Galiléia, ficaram à distância, olhando essas coisas.